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Passo Fundo

Astroturfing à moda passo-fundense: tudo está certo quando se diz que está certo

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O nome parece estranho: astroturfing, a técnica de mascarar apoio para organizações políticas, empresas e causas, é pouco conhecida da maioria dos brasileiros. Mas ela existe, é comum e você já sofreu influência da prática até mesmo em Passo Fundo.

Nós somos levados por emoções e vontade de pertencer a grupos, consumir o que os outros consomem e, muitas vezes, economizamos na análise dos fatos. Foi assim quando pedimos o mesmo brinquedo no Natal, dançamos as mesmas musiquinhas e comemos o mesmo salgadinho Elma-Chips no recreio. Transportando estas tendências comportamentais para a vida adulta, o nosso destino político foi traçado por escolhas não do lanche, mas das propostas sociais endossadas por parentes, amigos e organizações comunitárias.

A explicação para o termo astroturfing é simples. Em inglês, organizações comunitárias representando de forma genuína diversos segmentos da sociedade são chamadas de grassroots (raiz de grama). Astroturf é uma marca comercial de grama sintética. Daí o nome da técnica de simular, de forma muito elaborada, endossos para ideias através de entidades, reais ou fictícias.

O termo foi usado pela primeira vez em 1985, por um senador democrata do Texas chamado Lloyd Bentsen, ao receber centenas de cartas “copiadas e coladas” pedindo apoio para uma questão na indústria dos seguros. Na ocasião, o senador disse que seus correligionários não sabiam distinguir a diferença entre grama e Astroturf. Bônus: Bentsen trabalhou no Brasil nos anos 40, na área de inteligência. Em 1988, concorreu ao cargo de vice-presidente dos EUA, formando chapa com Michael Dukakis (derrotado por Bush pai).

Nosso astroturfing gaudério é ativado das mais diversas formas. Ações governamentais de rotina são meticulosamente tratadas como especiais, gerando apoios em honra ao ato (artificialmente extraordinário) realizado em prol da comunidade x, não raramente reverberado pela associação de bairro do local, que logo terá alguém na política.

Premiações diversas são tratadas como pequenos Oscars e Emmys. Os diretores das aventuras no reino do astroturfing mal conseguem segurar todas as estatuetas para posar em fotos e vídeos variados, enviados como releases para a imprensa local, que replica, caracter a caracter, textos e imagens sem qualquer crítica, sem avisar ao leitor que aquilo se trata de um release, um “a pedido” governamental.

Encontros políticos feitos nos bastidores em nome de arranjos eleitorais nas dependências das nossas instituições são vendidos como encontros democráticos, de pujança, de perspectivas para o futuro da cidade e do Estado. Isso tudo sem qualquer pudor. E o brasileiro cordial tem um especial apreço pelo acordo a qualquer custo, uma aversão ao conflito, repetindo mentalmente vícios do tipo “respeito tua opinião, mas”. Imagine um prisioneiro político no paredão norte-coreano dialogando pela última vez com seu executor: antes da bala do fuzil atingir a testa, o alerta de respeito. Este comportamento favorece a publicação de encontros entre a água e o vinho, em nome da “democracia”. E certos vinhos nem deveriam, em um mundo civilizado, praticarem política à luz do dia.

Aceitamos, em troca de sorrisos e retórica da pujança e do retorno do dinheiro retirado de nossos impostos, gente que apoia o controle máximo do Estado em nossas vidas, da estatização das empresas em algum dia (até lá, usar de democracia) e de regimes assassinos, no passado ou na atualidade (você já viu como anda a Venezuela ultimamente?).

Precisamos reservar um espaço para a nossa pequena beautiful people local, recebendo prêmios em dinheiro para destaques nesta ou naquela área das artes cênicas, da música e sabe-se mais o quê, enriquecendo eventos culturais sempre com marca e propósitos bem definidos, impressos em vultosos banners e realizados em espaços ainda não interditados pelo Ministério Público.

 

 

No lado oposto, a verdade paga um preço enorme para “vingar” no imaginário popular. Assim como filantropos de verdade são quase sempre acusados de tendenciosos à procura de algum benefício oculto, ações informativas visando o bem comum dentro de propósitos firmes e sem compactuar com interesses ocultos recebem do estamentosinho guasca ações de descrédito, boatos e ataques. Em uma sociedade acostumada por décadas a receber informações no meio político através de “notinhas” com tom de fofoca e balões de ensaio plantados após um singelo telefonema para algum vereador, secretário ou assessor, algumas pessoas não estão acostumadas a passar do segundo parágrafo das análises.

Em uma era de internet, redes sociais e toneladas de informações disponíveis para consulta de qualquer cidadão, a única vacina contra o astroturfing (inclusive o local) passa por esforço, trabalho e força de vontade. Se você continuar aplaudindo o que te mandaram aplaudir, nunca passará de um mero agente da mudança. Não da mudança pessoal advinda de uma sociedade melhor, mas da força inabalável de quem puxa as cordinhas desde tempos imemoráveis.

 

Ninguém está livre do confronto com a verdade, da crítica severa e do ataque contundente ao sair da linha originalmente proposta. Isto deveria estar em uma placa de bronze na mesa de qualquer pessoa, empresa ou instituição disposta a trabalhar com divulgação de informações verdadeiras, especialmente na política. É assim que fazemos aqui, que fique bem claro. Como dizem os jovens de hoje, #FicaAdica.

Passo Fundo

Em votação dividida, vereadores reprovam subsídios às empresas de transporte

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A medida estava sendo amplamente criticada pelos setores da sociedade.  Na dicotomia “salvar o sistema público de transporte” e “controle dos gastos públicos”, prevaleceu o segundo

A pandemia veio como uma avalanche sobre a economia brasileira. O “fique em casa, a economia a gente vê depois” mostrou ser mais um jargão politiqueiro do que uma solução para a crise que se instalava não só na saúde, como nas finanças como um todo: empresas fechadas, setores com baixa demanda, demissões em massa. Isso sem contar naqueles que, amparados pela força estatal, submeteram empresários a prisões forçadas ou vendo seus negócios lacrados por agentes de saúde. Um fiasco.

Consequentemente, a conta um dia viria. Sobre o setor de transporte público, é evidente que seu uso depende de que o resto esteja em pleno funcionamento. A pandemia diminuiu consideravelmente os números do setor. Com restrições, as pessoas se obrigaram a valer de outras formas de locomoção. Com muitos desempregados, o Uber e outros aplicativos se tornaram opção para muitos. Uma corrida de Uber, em muitos casos, estava “pau a pau” com uma passagem de circular urbano, o que prejudicou ainda mais as finanças de empresas como a Coleurb e a Codepas, de Passo Fundo.

Na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, em regime de urgência, de autoria do Poder Executivo Municipal, o PL 107/2022 queria garantir cerca de R$ 8 milhões para as duas empresas municipais. Para uns, a medida não implicava “apoio às empresas”, mas a “salvação do setor público de transporte urbano” – muitos já não caem nessa conversa. Para outros, a pandemia afetou quase que a totalidade dos empresários e setores da economia, sendo injusto o destino de tanto subsídio concentrado em duas empresas. E as demais, como ficam?

Por 11 votos contrários a 9 favoráveis, o subsídio foi reprovado.

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Passo Fundo

Dinheiro para a COLEURB: Pedro Almeida mandou um projeto ridículo, horrível e vergonhoso para a Câmara de Vereadores

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dinheiro para a coleurb

Estes três adjetivos deram o tom da entrevista coletiva concedida pelos vereadores da oposição em Passo Fundo, sobre o Projeto de Lei que quer subsidiar a Coleurb e a Codepas

Os vereadores da oposição chamaram a imprensa de Passo Fundo para uma coletiva nesta quarta, 7 de dezembro. A apresentação foi liderada pela vereadora trabalhista Professora Regina, que conduziu com maestria o evento responsável por esclarecer a posição dos oposicionistas sobre o PL 107/2022 e escancarar o amadorismo do Executivo no envio do pobríssimo texto para a casa, em regime de urgência.

Também participaram da coletiva os vereadores Ada Munaretto (PL), Rufa (PP), Ernesto dos Santos (PDT), Eva Valéria Lorenzato (PT), Tchequinho (PSC), Gleison Consalter (PDT), Rodinei Candeia (Republicanos) e Sargento Trindade (PDT).

Veja também: Prefeito Pedro Almeida quer dar dinheiro para a COLEURB. Você concorda com esta farra? e Subsídio para COLEURB é um verdadeiro saque ao dinheiro público.

Existem dois grupos distintos de vereadores contrários ao subsídio entre os oposicionistas: os que não querem dinheiro público na mão de empresas privadas de qualquer maneira e os que não querem liberar os valores sem uma melhor transparência e garantia de contrapartidas, como prestação de contas e manutenção dos empregos. No primeiro grupo, destacam-se Ada, Tchequinho e Candeia.

“Ridículo e horrível” foi a definição dada pelo vereador Gleison Consalter para o projeto, destacando que várias empresas foram afetadas pela pandemia, não apenas as de transporte. “Vergonhoso” ficou a cargo de Tchequinho, que lembrou das dificuldades habitacionais na cidade, como nas ocupações na região do Bourbon, e agora “querem dar dinheiro para a Coleurb”.

Coletiva sobre o PL 107/2022. Foto: Câmara de Vereadores de Passo Fundo.

Nota-se que o prefeito está queimado com este grupo de vereadores. O chefe do executivo mandou um projeto ruim para a Câmara, o que gerou a elaboração de diversas emendas na casa que agora recebe insinuações de má-vontade, de estar “trancando a pauta” e até usando o caso para objetivos eleitorais de olho em 2024. Insinuações repudiadas com veemência e pronunciamentos inflamados de Ada e Candeia.

Coleurb e Codepas provavelmente receberão este dinheiro, mas não será tão fácil como pretendia a prefeitura e o grupo político que comanda a cidade desde 2013. O povo de Passo Fundo terá que sofrer mais um pouco até o segundo capítulo desta novela, com a licitação do transporte público de fato. Este, só Deus sabe quando sai.

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Passo Fundo

Passo Fundo terá nova edição do evento “O Despertar da Direita”

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O evento está previsto para o próximo dia 6, às 19h, na sede do Sindicato Rural

Na sua 4ª edição, o evento “O Despertar da Direita” contará com a palestra “Para onde o STF está levando o Brasil“, do vereador Rodinei Candeia (Republicanos), no Sindicato Rural, em Passo Fundo.

A seguir, é possível ver o texto de divulgação pelos organizadores do evento, além de link para inscrição. No card, logo abaixo, é possível visualizar mais informações sobre horário e endereço do local.

A Constituição Federal não foi rasgada.

Foi rasgada, pisada, queimada… E agora está sendo reescrita.

O Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria servir ao povo, revelou-se uma quadrilha que, a cada canetada, coloca mais uma algema nos punhos da população.

Onde isso vai parar? Que Brasil estamos deixando para as próximas gerações?

Após 3 anos em silêncio, O Despertar da Direita está de volta. Para ajudar a lançar luz em um momento tão obscuro, faremos o primeiro de muitos encontros. Neste, teremos uma palestra sobre o tema Para onde o STF está levando o Brasil?, com o convidado Rodinei Candeia.

Sua entrada é 100% gratuita, mas pedimos que confirme sua presença entrando no grupo oficial do evento, tocando no link:

https://chat.whatsapp.com/J5L4i4nUfREJfm6JEsExCy

Divulgue para seus amigos interessados. Precisamos nos unir.

O Despertar da Direita

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