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Bolsonaro no PSL e o “Livres” pego de calças curtas

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Se 2018 prometia grandes emoções políticas, já começa cumprindo essa expectativa com a filiação de Jair Bolsonaro no PSL depois de negociações feitas com o presidente do partido, Luciano Bivar. O processo de aproximação começou na base da boataria, enquanto a relação entre Bolsonaro e o PEN, que estava em processo de mudança de nome para “Patriotas”, esfriava.

Os grandes derrotados no episódio são os integrantes do “Livres”, até então uma corrente interna do PSL que se revelou minoritária e praticamente insignificante no diretório nacional da legenda.  Tão logo as conversas sobre a eventual filiação de Bolsonaro se intensificaram, o “Livres” divulgou uma nota na qual informava que “não procedem, de forma alguma, as notícias de que o deputado federal Jair Bolsonaro possa se filiar ao PSL”. O desenrolar dos fatos tratou de desmentir o texto, revelando o açodamento do “Livres” em falar em nome de todo o PSL.

Quando entrevistei Fabio Ostermann, presidente do PSL do Rio Grande do Sul e integrante do “Livres”, perguntei o que ele achava das declarações de Bivar sobre a filiação de Bolsonaro. Na oportunidade, a revista “Época” reportava que Bivar havia dito: “A possibilidade de o deputado vir para o nosso partido e concorrer para presidente nos enche de orgulho”. Ostermann duvidou da informação e aventou a possibilidade de haver um “boi na linha”. Talvez tenha sido o tal boi a abonar a ficha de Bolsonaro.

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O fato é que Luciano Bivar, presidente do PSL, é um político das antigas. Já foi deputado e até candidato à Presidência em 2006. É claro que ele farejou a oportunidade surgida com a indefinição do futuro de Bolsonaro. Independentemente do que se pense do parlamentar, trata-se de um nome com aderência eleitoral e que vem pontuando bem nas pesquisas presidenciais. Trata-se de um nome com eleitorado cativo.

O cálculo de Bivar, baseado no puro pragmatismo político, determinou que ele trocasse o “Livres” por Bolsonaro. Por mais que a militância libertária do “Livres” tenha presença nas redes sociais, não foi capaz de transformá-la em resultado expressivo nas últimas eleições municipais. Com parcos vereadores eleitos e tendo desempenhos irrisórios nos pleitos executivos, acabaram sendo descartados em nome de projeto que, na cabeça de seus idealizadores, poderia apresentar resultados mais imediatos.

Depois de pego com as calças curtas, o “Livres” terá de buscar outro partido e, principalmente, aprender a fazer política, uma arte fria que vai muito além do idealismo.

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A instabilidade emocional é o custo imediato da democracia

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Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.

Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.

Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.

Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.

A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.

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Eva Lorenzato: “No Brasil e no mundo, as pessoas reconhecem o trabalho do PT”. Tchequinho não poupa

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Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos

Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha,  com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.

Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.

Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…

Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:

Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:

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Candeia critica fala de Toffoli sobre Poder Moderador e semipresidencialismo no Brasil

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Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.

Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja:

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