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Janaína Paschoal é um quadro do mundo jurídico, não do mundo político

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Janaína Paschoal é uma mulher corajosa e patriota. Durante o Impeachment de Dilma Rousseff, enfrentou a fúria da esquerda e a desconfiança de muitos da direita. Agora, em meio ao período de convenções partidárias, seu nome surge como alternativa para se candidatar a vice na chapa de Jair Bolsonaro. Se confirmada essa hipótese, terá cometido um erro grave.

Desde que o PT foi removido do poder, seus agitadores apostam na cantilena retórica de que sofreram um golpe parlamentar. As pedaladas fiscais seriam apenas uma prática de todos os governos e não consistiriam em crime de responsabilidade. A acusação de Janaína é demolidora ao evidenciar o contrário. As operações fiscais praticadas durante o mandato de Dilma tinham a clara intenção de fraudar a democracia e atrasar os efeitos da crise econômica. Mesmo assim, graças ao nível de capilaridade da esquerda no jornalismo e na academia, persiste a ideia de que tudo foi uma armação criada por Eduardo Cunha para derrubar o governo popular que privilegiava os desfavorecidos.

Desde aquela época, Janaína sofreu uma série de ataques. Até mesmo sua estabilidade psicológica foi explorada. Naquela época, em um ato pró-impeachment realizado no Largo São Francisco, a advogada se deixou contaminar pela emoção. Em sua manifestação, acabou exagerando na gesticulação e nas expressões faciais. O resultado foi uma série de vídeos desabonadores que foram compartilhados pelas redes sociais. As imagens dela foram seguidas por comentários maldosos e ofensivos feitos por portais de notícia e políticos de esquerda.  O Brasil 247 a descreveu como em “transe”. O senador Roberto Requião disse no Twitter que ela seria vítima de possessão do “Capiroto”. Figuras como o cartunista Pataxó a desenharam voando enquanto uma caricatura de Hélio Bicudo mamava em seus seios. 

Janaína, entretanto, enfrentou tudo com serenidade. Em suas inúmeras manifestações no Congresso Nacional, rebateu cada argumento falacioso apresentado por parlamentares do PT e de seus satélites. Sua atuação técnica foi fundamental para solidificar o entendimento de que a condução da política fiscal do governo Dilma foi deliberadamente criminosa.

De modo que Janaína é um quadro do mundo jurídico, não do mundo político. O Direito Brasileiro carece de figuras intelectualmente independentes. A batalha no campo acadêmico é infinitamente mais importante que as disputas eleitorais. Ao se associar objetivamente a um candidato, tornado-se cabo eleitoral dele, ela permite que a esquerda consolide sua narrativa de que a deposição de Dilma Rousseff consistiu em um ato de finalidade puramente política para beneficiar os seus opositores.

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A instabilidade emocional é o custo imediato da democracia

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Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.

Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.

Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.

Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.

A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.

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Eva Lorenzato: “No Brasil e no mundo, as pessoas reconhecem o trabalho do PT”. Tchequinho não poupa

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Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos

Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha,  com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.

Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.

Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…

Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:

Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:

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Candeia critica fala de Toffoli sobre Poder Moderador e semipresidencialismo no Brasil

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Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.

Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja:

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