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As fotos e vídeos desmoralizam a versão de parte da mídia de que as manifestações contra Lula fracassaram

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Ricardo Noblat, colunista da revista Veja, não demorou muito para declarar que as manifestações contra o habeas corpus de Lula foram “fracassadas”. Parte da mídia fez coro com ele. As centenas de milhares de fotos e vídeos que circularam nas redes sociais durante o dia denunciam o contrário. Muitos brasileiros, que haviam recém saído do trabalho, se dirigiram para os pontos em que ocorreriam os atos. Pelo menos o triplo deles compareceriam se fosse em um domingo.

Parece óbvio que uma manifestação em dia de semana contará com menos público. Não para a imprensa, ávida em diminuir o número de participantes para forçar a insignificância da causa. A Globo News, principal canal fechado de notícias, fez cobertura discreta, pontuando sua programação com flashes ao vivo. A principal notícia do dia ganhou ares de nota de rodapé.

A imprensa que faz proselitismo em cima das fake news escolhe as partes da realidade que quer divulgar. O que pode ser mais dissimulador da verdade do que isso? Quando as redes sociais não existiam, dava-se o dito pelo não dito. Agora existem mecanismos para exercitar o contraditório, e qualquer um pode fazê-lo, bastando usar o próprio celular para tanto.

A descrição que um Noblat da vida faz do que acontece nas ruas não se sustenta ante os registros apresentados por aqueles mesmos que estava nos atos. Eis aí a dimensão do abismo que se impõe entre a mídia e público.

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