Eleições 2018

A verdade é que os gaúchos estavam com poucas opções para o Senado

Publicado

on

As Eleições de 2018 têm sido uma surpresa em vários aspectos. Vamos publicar uma série de materiais de análise dos resultados ao longo dos próximos dias. Caso você não tenha visto nossa programação especial de domingo (dia 7), clique AQUI. O Programa da Lócus contou com presenças especiais ao longo do dia da votação.

As opções para os representantes do estado do Rio Grande do Sul não estavam boas, segundo a opinião de muitos. As pesquisas indicavam que Fogaça (MDB), que já foi prefeito de Porto Alegre, conseguisse uma vaga com facilidade. 

Conforme levantamento realizado entre 4 e 6 de outubro, considerando os votos totais, o resultado seria o seguinte: Paulo Paim com 35%; José Fogaça, 31%; Beto Albuquerque, 24%; Luis Carlos Heinze, 18%; Carmen Flores, 13%; Abgail Pereira, 12%; Dra. Sandra Weber, 4%; Ana Varela, 3%; João Augusto, 2%; Cleber Soares, 2%; Mário Bernd, 2%; Machado, 1%; Marli Schaule, 1%; Luiz Delvair, 1%; Romer Guex, 1%. A pesquisa havia sido contratada pelo Grupo RBS – RBS Participações S/A (Registro no TRE: RS-08318/2018; Registro no TSE: BR‐01489/2018).

O resultado, no entanto, foi outro. Veja, a seguir, quais candidatos foram eleitos após a apuração:

  1. Luis Carlos Heinze (PP): 2.316.365 (21,94%)
  2. Paulo Paim (PT): 1.875.245 (17,76%)
  3. Beto Albuquerque (PSB): 1.713.792 (16,23%)
  4. Carmen Flores (PSL): 1.509.157 (14,30%)
  5. José Fogaça (MDB): 1.465.700 (13,88%)
  6. Abigail Pereira (PCdoB): 970.286 (9,19%)
  7. Dra. Sandra Weber (Solidariedade): 263.411 (2,50%)
  8. Mario Bernd (PPS): 233.747 (2,21%)
  9. Ana Varela (PODE): 101.504 (0,96%)
  10. Romer Guex (PSOL): 49.023 (0,46%)
  11. Marli Schaule (PSTU): 26.242 (0,25%)
  12. Cleber Soares (PCB): 23.963 (0,23%)
  13. João Augusto (PSTU): 7.963 (0,08%)
  14. Machado (DC): 0
  15. Luiz Delvair (PCO): 0

Heinze defendeu durante a campanha o direito ao armamento pelos cidadãos, até porque o Rio Grande do Sul é um dos estados com maiores índices de violência. Já Paim defendeu a não adesão do Rio Grande do Sul no Regime de Recuperação Fiscal da União, costumando dissociar sua imagem a alguém ligado a Lula e a cúpula do Partido dos Trabalhadores envolvidos no maior esquema de corrupção da história do país. 

Muitos davam a eleição de Beto Albuquerque como certa. Ele deixou de concorrer à vaga em 2014 para ser vice de Marina Silva após a morte de Eduardo Campos. Carmen Flores, embora desconhecida para muitos, surpreendeu ao computar mais votos que Fogaça, talvez pela força que o PSL adquiriu com a candidatura de Jair Bolsonaro. 

De qualquer forma, a despeito do resultado, poucos ficaram animados com as opções para o Senado destas eleições. Heinze é da velha guarda política, assim como Fogaça e Paim. Beto é um tipo alternativo que jamais escondeu sua admiração por Lula. Carmen não foi uma alternativa animadora. E os demais são os demais. Enfim, Heinze e Paim acabaram se elegendo por falta de opções melhores. 

Mais Acessados

Sair da versão mobile