Leite ataca Lula e Bolsonaro em vídeo de pré-campanha marcando um ano para a eleição

Peça publicitária tem apelo contra discurso da divisão e o bordão “Nem Lula, nem Bolsonaro, nem Terceira Via”

Eduardo Leite publicou nas redes sociais no sábado, 2 de outubro, um vídeo de pré-campanha eleitoral com o aviso “Neste 02 de outubro estamos a um ano do dia da eleição. E até lá vamos construir a vitória do Brasil”.

O que diz o vídeo

Recheada de recortes de banco de imagens, a peça de quase dois minutos coloca diversas cenas sincronizadas com o texto falado por Leite. Confira:

Nem Lula, nem Bolsonaro, nem Terceira Via. Ninguém vai ganhar se o vencedor não for o Brasil. Neste 2 de outubro, estamos a um ano da eleição. E não dá pra ficar esse ano inteiro brigando.

O impeachment resolve os problemas de hoje, mas não resolve os problemas de amanhã, se nós continuarmos em conflito. Quem chegar na presidência ao custo da divisão do povo, não vai conseguir governar, assim como a Dilma e o Bolsonaro não conseguiram.

Um país dividido não vai fazer as reformas que precisamos. Não vai abraçar a diversidade como desejamos. Não vai combater as desigualdades como devemos e nem vai criar empregos como merecemos.  

Nós precisamos ir além desse debate de quem é pior para o país. Chega dessa briga de Brasil contra Brasil. O Brasil do Governo Federal contra os estados, nos impedindo de sermos uma federação. O Brasil do Agro contra os ambientalistas, nos impedindo de sermos uma potência agroambiental. 

O Brasil da meritocracia contra a distribuição de renda, nos impedindo de ver a justiça e o valor de ambas. O Brasil de uns contra o Brasil de outros, nos impedindo de sermos um Brasil melhor.

A eleição está longe ainda, mas já é hora de olhar para o futuro, com olhos de futuro. Porque não é sobre o Brasil que está aí ou sobre o Brasil que já foi. É sobre o Brasil que nós podemos ser. Nós podemos sim ser um grande Brasil. Independente, diverso, forte, justo, feliz e em paz. 

A peça que alerta sobre o prazo de um ano para a eleição vem na linha do Eduardo Leite pacificador “nem direita nem de esquerda”, que está evoluindo desde a campanha para o governo gaúcho, onde o tucano saiu vencedor. Curiosamente, o pré-candidato reclama de divisionismo sentado ao lado dos símbolos que remetem à luta de classes. Leite não carrega na sinceridade dos partidos de extrema-esquerda para “quebrar tudo”, mas tenta passar a mensagem como defensor das minorias e contra o “nós contra eles”, colocando na mesa a sua visão de “nós” que mais parece saída de um seriado da Netflix.

Será um ano divertido. Aguardem.