Passo Fundo

Prefeitura adota marketing da morte para aterrorizar a população

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Redes sociais da prefeitura de Passo Fundo exageram nas tintas para tentar emplacar o movimento #FicaEmCasa na cidade. É só o que sabem fazer?

A prefeitura de Passo Fundo adotou uma estratégia agressiva para tentar manter as pessoas em casa durante a pandemia do coronavírus. Diversos cards (artes gráficas desenvolvidas para as redes sociais) foram publicados nos últimos dias no Facebook e Instagram carregados com mensagens com o mote “fique em casa ou você vai morrer”.

Marca da atual gestão, a comunicação falha quando a população mais precisa de dados confiáveis para realizar as próprias escolhas, dentro do limite da legalidade. Tudo isso com muito gasto em agência de publicidade e uma substanciosa folha de pagamento só para a equipe responsável pelo setor.

 

Um típico “Boletim do Corona” da Prefeitura de Passo Fundo. Cadê a curva?

 

As postagens da Prefeitura nasredes sociais deveriam interpretar os dados complicados da Transparência municipal, dos hospitais, órgãos de saúde e dos decretos do prefeito e transformar tudo isso em mensagens gráficas de fácil absorção e entendimento. Da forma que está, parece um pólo gerador de artes para sinalização de virtudes: o cidadão concorda, curte ou compartilha e sai de casa para comprar chocolates.

 

Acima: o marketing da morte em ação.

É preciso ponderar ainda que o prefeito Luciano Azevedo toma muitas decisões com base nas orientações de um comitê de crise montado com médicos e pessoas ligadas ao mercado da saúde em Passo Fundo. Trata-se do Comitê de Orientação Emergencial – COE, criado pelo Decreto 29/2020. Destas orientações e possíveis divergências, pouco ou nada é mostrado nas redes sociais ou na comunicação em geral.

Marketing da Morte

Quando precisa mostrar o óbvio (casos e mortes), a Prefeitura adota uma forma complicada de exibição de dados com números dispersos de internados, recuperados, casos e mortes sem uma única curva. Quem recebe a informação no dia de hoje, não tem a noção em outras dimensões da real situação da cidade, precisando recorrer a outras fontes de dados, gerando desconfiança.

Triste capítulo final de uma comunicação que passou os últimos 7 anos fazendo marketing de prêmios para prefeito e provas do exímio cuidado com as pessoas. Quando precisou de fato usar os canais para fazer diferença, contaminou a cidade com pânico. Nada além.

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