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Lelê Teles merecia ter seu texto sobre Israel e os judeus publicado no jornal nazista “Der Stürmer”

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Não estamos em 1940. No entanto, se estivéssemos, o último artigo de Lelê Teles, que assina como “jornalista, publicitário e roteirista”, poderia muito bem estampar as páginas do jornal “Der Stürmer”, o panfleto nazista publicado por Julios Stricher. Acabou saindo no site Brasil 247, que até pouco tempo recebia vultuosos recursos públicos do governo petista. Raras vezes se viu antissemitismo tão desabrido e tão desavergonhado.

Usando como pretexto um ataque a Benjamin Netanyahu, atual Primeiro-ministro de Israel, o autor dispara toda sorte de ofensas ao país de origem do político e aos judeus em geral. Seguem trechos:

“A lei judaica afirma que judeu é todo aquele nascido de mãe judia, ou que tenha se convertido seguindo certos princípios e tal…. Na bíblia, os judeus são aqueles que matam, que invadem as terras alheias e que trepam com diversas mulheres, embora apedrejem as mulheres que trepem com diversos homens.

Atentai bem! Jacó, judeu legítimo, é aquele que deu porrada em um anjo. Imagina você um camarada espancando um anjo do senhor! Esse é o nosso Jacó. Esse mesmo Jacó é aquele malandro que mentiu para o próprio pai por pura ganância e por inveja, porque o pai preferia o irmão, Esaú. Grande filho da puta esse Jacó. 

(…)

É desse sujeito que descendem as 12 tribos de Israel, encabeçadas pelos seus doze filhos, um mais filho da puta que o outro.

(…)

Abraão não era judeu. Moisés não era judeu. Davi não era judeu. Salomão não era judeu. Sobrou Israel que era judeu e na acepção da palavra significa inimigo de Deus.

(…)

O nome verdadeiro de Israel é Jacó e recebeu o nome de Israel porque ofendeu e lutou contra o anjo do Senhor. Isso também está na Bíblia. E quem agride um anjo não se torna seu amigo, mas inimigo. Portanto, tecnicamente Israel significa inimigo de Deus.” 

Com base no que vai escrito acima, é possível fazer um raciocínio. Se Deus é o bem absoluto, como parece acreditar o autor do texto, então o seu inimigo só poderá ser o mal absoluto, que deve ser extirpado da face da Terra. Tal visão não é diferente daquela que predominava na Alemanha durante a época de Hitler.

Eis um caso no qual a resposta devida não são artigos cheios de argumentos polidos, mas sim processos por preconceito e discriminação racial. O Art. 20, § 2º da Lei 7.716/89 dispõe:

Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. 
§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza: Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.

O que vai no texto de Lelê Teles não é opinião, mas um crime puro e simples.

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A instabilidade emocional é o custo imediato da democracia

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Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.

Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.

Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.

Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.

A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.

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Eva Lorenzato: “No Brasil e no mundo, as pessoas reconhecem o trabalho do PT”. Tchequinho não poupa

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Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos

Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha,  com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.

Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.

Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…

Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:

Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:

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Candeia critica fala de Toffoli sobre Poder Moderador e semipresidencialismo no Brasil

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Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.

Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja:

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