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Ana Amélia Lemos está fazendo um sacrifício eleitoral potencialmente inútil

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É preciso reconhecer que Ana Amélia Lemos é uma mulher corajosa. Não é qualquer um que deixe de lado uma reeleição certa para embarcar em um projeto cujo resultado é indeterminado. A senadora gaúcha aceitou ser vice de Geraldo Alckmin, que continua estacionado com apenas um dígito nas pesquisas de intenção de voto para presidente. Analisado a fundo, entretanto, seu apoio pode não render muito mais do que prestígio para um candidato que precisa desesperadamente de mais votos.

Se há algo de positivo para Alckmin em sua aliança com Ana Amélia, é o fato de ela emprestar credibilidade para uma coligação que vinha sendo fortemente criticada por abraçar o chamado “Centrão”, bloco de partidos de caráter abertamente fisiológico. Outro fator é importante é o perfil da vice. Independente e combativa, ela foi uma das mais enfáticas defensoras do impeachment de Dilma Rousseff. Isso tudo, no entanto, não significa que o tucano ampliará sua base.

Em termos eleitorais, Ana Amélia não agrega tanto quanto aparenta. O grande desafio de Alckmin, assim como o de todos os candidatos que não estejam gravitando em torno de Lula, é crescer no Nordeste. Nessa região, o apoio a eles é irrisório. Ao compor com uma liderança da região Sul, a chapa do PSDB acaba ficando com um perfil excessivamente parecido. Um nome como ACM Neto, que é bem avaliado como prefeito de Salvador, seria muito mais atrativo do ponto de vista estratégico, já que abriria uma frente importante na Bahia, Estado que tem consagrado candidatos petistas nas eleições presidenciais e que tem um considerável colégio eleitoral.

A vice de Alckmin pode até não render novos votos para ele, mas o fortalece sendo uma aliada ética e de posicionamentos firmes. Por sua vez, Ana Amélia entrega seu posto no Senado em nome da mera expectativa de um resultado positivo na eleição presidencial mais imprevisível da história recente do país. No fim das contas, ela poderá acabar fazendo um sacrifício eleitoral potencialmente inútil.

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A instabilidade emocional é o custo imediato da democracia

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Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.

Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.

Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.

Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.

A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.

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Eva Lorenzato: “No Brasil e no mundo, as pessoas reconhecem o trabalho do PT”. Tchequinho não poupa

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Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos

Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha,  com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.

Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.

Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…

Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:

Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:

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Candeia critica fala de Toffoli sobre Poder Moderador e semipresidencialismo no Brasil

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Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.

Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja:

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