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Passo Fundo

O passo-fundense precisa aprender a se indignar, antes que seja tarde demais

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Casos locais de comoção popular em crises políticas são raros. Enquanto isso, problemas crônicos da cidade passam batido e prejudicam o desenvolvimento de todos

Em 2019, a Lócus produziu um vasto material sobre o aumento do IPTU na cidade através de vídeos, textos no site e artes para as redes sociais. A cidade estava em polvorosa com a possibilidade do pagamento de altos valores do imposto e o assunto viralizou.

Para a nossa surpresa, uma das artes publicadas em nossas redes oficiais foi impressa por um cidadão e acabou nas paredes de diversos locais da cidade.

O card levava ícones com os rostos e nomes dos vereadores que votaram sim pelo aumento. Este momento transmídia entrou para a história da Lócus. Por fim, estávamos na cabeça do povo. Outros assuntos tiveram boa repercussão no site – como a novela do aeroporto ou a indústria da multa – mas o IPTU ficou em primeiro lugar.

aumento do iptu

Algumas causas são realmente mais populares, de fácil entendimento e defesa por parte da maioria das pessoas, mas não podemos esquecer que o diabo está nos detalhes e a cidade está cheia de problemas que passam batidos, seja pela falta de destaque na velha mídia tradicional (muitas vezes paga pelos culpados das mazelas públicas), seja por descrédito: o cidadão reconhece a existência do problema, mas não se vê atingido pela situação. Podemos citar alguns.

Falta de Transparência

A cidade que possui um orçamento na casa dos R$ 800 milhões não consegue prestar contas com clareza sobre onde gasta este dinheiro, em plena era da informação. Um problema casado com a pobre estrutura tecnológica que seria o canal principal para esta transparência, que, apesar de “premiada” por alguns órgãos, pouco esclarece o cidadão. O problema ficou evidente nas infrutíferas (e repetidas) vezes em que tentamos descobrir como o dinheiro da publicidade é aplicado por aqui. Mesmo com pedido de ajuda ao Ministério Público, nunca foi possível esclarecer quem (e como) leva a nossa grana para falar da Prefeitura de Passo Fundo.

Uma Câmara ineficiente

Sessões que mais parecem uma resenha dos acontecimentos nacionais sem qualquer relação com Passo Fundo, pronunciamentos ideológicos “na onda” do que se fala por aí na política e uma enxurrada de moções. Estes são alguns dos problemas da nossa Câmara, que pouco desafia o executivo com seus 21 parlamentares. O nosso “De Olho na Câmara” coleciona destaques negativos nesta questão, vale a pena conferir. Mesmo com honrosas atuações aqui e ali, o resultado final poderia ser melhor.

O urbanismo sem alma

Nossa cidade está sob o jugo de pensadores progressistas que odeiam carros, afinam avenidas por motivos mais ideológicos do que técnicos e dividem os canteiros com tubos de esgoto pintados de amarelo, desde 2013. E ainda lidamos com os esqueletos do passado: recentemente, os equivocados e caros tubos da literatura da administração Dipp começaram a receber alterações. O eterno problema do trânsito e a baixa qualidade dos serviços prestados na área de zeladoria da cidade completam o quadro.

Vejam o curioso caso do vereador trabalhista Ernesto dos Santos. Ele construiu o próprio bueiro, validou o equipamento e tentou dialogar com a Prefeitura sobre alternativas para a drenagem. Mesmo com toda a iniciativa, não conseguiu tocar pra frente a ideia. Voluntarismos à parte, o edil deveria estar cercado de um projeto, endossado pela comunidade técnica, bem apresentado e com estimativas de custo, já que estrutura para tanto existe, com gabinete e assessores.

Em suma: a cidade não tem um bom projeto para se apresentar ao mundo e aos seus, apesar da década cheia de palestras e prêmios para inglês ver. A falta de inquietação e indignação passa também pela inação de entidades representativas.

Em ano eleitoral, tudo piora

Daqui até as eleições, os grupos políticos locais vão flexionar os músculos e mostrar os dentes para promover candidaturas inócuas (aquele candidato que está ali só para marcar terreno ou servir de cabo eleitoral de luxo de políticos maiores) e corremos o risco de ver gabinetes da Câmara e salas da Prefeitura virarem centros informais de promoção dos candidatos. A estrutura, que já é deficiente, poderá ficar ainda pior.

Passo Fundo, a Capital dos Buracos (2011). Quem lembra?

Passo Fundo já se indignou em causas locais como no inesquecível episódio do vereador que mandou todo mundo socar um adesivo que protestava contra os buracos da cidade você sabe onde e na Lei imbecil que limitava o tamanho de novos empreendimentos (hipermercados). Nas duas ocasiões, um bom número de pessoas “civis”, sem o envolvimento com partidos políticos, foi protestar na Câmara.

Dez anos depois, com o boom da internet e das redes sociais acalmado por algoritmos limitadores e “censura” de conteúdo, já não é tão fácil organizar grandes eventos no ambiente virtual. Protestar está mais difícil e os problemas estão maiores, exigindo uma melhor capacidade das pessoas para apontar os dedos e tentar resolver os problemas, mudando a cidade. A Lócus tem feito a sua parte.

Passo Fundo

Em votação dividida, vereadores reprovam subsídios às empresas de transporte

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A medida estava sendo amplamente criticada pelos setores da sociedade.  Na dicotomia “salvar o sistema público de transporte” e “controle dos gastos públicos”, prevaleceu o segundo

A pandemia veio como uma avalanche sobre a economia brasileira. O “fique em casa, a economia a gente vê depois” mostrou ser mais um jargão politiqueiro do que uma solução para a crise que se instalava não só na saúde, como nas finanças como um todo: empresas fechadas, setores com baixa demanda, demissões em massa. Isso sem contar naqueles que, amparados pela força estatal, submeteram empresários a prisões forçadas ou vendo seus negócios lacrados por agentes de saúde. Um fiasco.

Consequentemente, a conta um dia viria. Sobre o setor de transporte público, é evidente que seu uso depende de que o resto esteja em pleno funcionamento. A pandemia diminuiu consideravelmente os números do setor. Com restrições, as pessoas se obrigaram a valer de outras formas de locomoção. Com muitos desempregados, o Uber e outros aplicativos se tornaram opção para muitos. Uma corrida de Uber, em muitos casos, estava “pau a pau” com uma passagem de circular urbano, o que prejudicou ainda mais as finanças de empresas como a Coleurb e a Codepas, de Passo Fundo.

Na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, em regime de urgência, de autoria do Poder Executivo Municipal, o PL 107/2022 queria garantir cerca de R$ 8 milhões para as duas empresas municipais. Para uns, a medida não implicava “apoio às empresas”, mas a “salvação do setor público de transporte urbano” – muitos já não caem nessa conversa. Para outros, a pandemia afetou quase que a totalidade dos empresários e setores da economia, sendo injusto o destino de tanto subsídio concentrado em duas empresas. E as demais, como ficam?

Por 11 votos contrários a 9 favoráveis, o subsídio foi reprovado.

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Passo Fundo

Dinheiro para a COLEURB: Pedro Almeida mandou um projeto ridículo, horrível e vergonhoso para a Câmara de Vereadores

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dinheiro para a coleurb

Estes três adjetivos deram o tom da entrevista coletiva concedida pelos vereadores da oposição em Passo Fundo, sobre o Projeto de Lei que quer subsidiar a Coleurb e a Codepas

Os vereadores da oposição chamaram a imprensa de Passo Fundo para uma coletiva nesta quarta, 7 de dezembro. A apresentação foi liderada pela vereadora trabalhista Professora Regina, que conduziu com maestria o evento responsável por esclarecer a posição dos oposicionistas sobre o PL 107/2022 e escancarar o amadorismo do Executivo no envio do pobríssimo texto para a casa, em regime de urgência.

Também participaram da coletiva os vereadores Ada Munaretto (PL), Rufa (PP), Ernesto dos Santos (PDT), Eva Valéria Lorenzato (PT), Tchequinho (PSC), Gleison Consalter (PDT), Rodinei Candeia (Republicanos) e Sargento Trindade (PDT).

Veja também: Prefeito Pedro Almeida quer dar dinheiro para a COLEURB. Você concorda com esta farra? e Subsídio para COLEURB é um verdadeiro saque ao dinheiro público.

Existem dois grupos distintos de vereadores contrários ao subsídio entre os oposicionistas: os que não querem dinheiro público na mão de empresas privadas de qualquer maneira e os que não querem liberar os valores sem uma melhor transparência e garantia de contrapartidas, como prestação de contas e manutenção dos empregos. No primeiro grupo, destacam-se Ada, Tchequinho e Candeia.

“Ridículo e horrível” foi a definição dada pelo vereador Gleison Consalter para o projeto, destacando que várias empresas foram afetadas pela pandemia, não apenas as de transporte. “Vergonhoso” ficou a cargo de Tchequinho, que lembrou das dificuldades habitacionais na cidade, como nas ocupações na região do Bourbon, e agora “querem dar dinheiro para a Coleurb”.

Coletiva sobre o PL 107/2022. Foto: Câmara de Vereadores de Passo Fundo.

Nota-se que o prefeito está queimado com este grupo de vereadores. O chefe do executivo mandou um projeto ruim para a Câmara, o que gerou a elaboração de diversas emendas na casa que agora recebe insinuações de má-vontade, de estar “trancando a pauta” e até usando o caso para objetivos eleitorais de olho em 2024. Insinuações repudiadas com veemência e pronunciamentos inflamados de Ada e Candeia.

Coleurb e Codepas provavelmente receberão este dinheiro, mas não será tão fácil como pretendia a prefeitura e o grupo político que comanda a cidade desde 2013. O povo de Passo Fundo terá que sofrer mais um pouco até o segundo capítulo desta novela, com a licitação do transporte público de fato. Este, só Deus sabe quando sai.

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Passo Fundo

Passo Fundo terá nova edição do evento “O Despertar da Direita”

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O evento está previsto para o próximo dia 6, às 19h, na sede do Sindicato Rural

Na sua 4ª edição, o evento “O Despertar da Direita” contará com a palestra “Para onde o STF está levando o Brasil“, do vereador Rodinei Candeia (Republicanos), no Sindicato Rural, em Passo Fundo.

A seguir, é possível ver o texto de divulgação pelos organizadores do evento, além de link para inscrição. No card, logo abaixo, é possível visualizar mais informações sobre horário e endereço do local.

A Constituição Federal não foi rasgada.

Foi rasgada, pisada, queimada… E agora está sendo reescrita.

O Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria servir ao povo, revelou-se uma quadrilha que, a cada canetada, coloca mais uma algema nos punhos da população.

Onde isso vai parar? Que Brasil estamos deixando para as próximas gerações?

Após 3 anos em silêncio, O Despertar da Direita está de volta. Para ajudar a lançar luz em um momento tão obscuro, faremos o primeiro de muitos encontros. Neste, teremos uma palestra sobre o tema Para onde o STF está levando o Brasil?, com o convidado Rodinei Candeia.

Sua entrada é 100% gratuita, mas pedimos que confirme sua presença entrando no grupo oficial do evento, tocando no link:

https://chat.whatsapp.com/J5L4i4nUfREJfm6JEsExCy

Divulgue para seus amigos interessados. Precisamos nos unir.

O Despertar da Direita

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