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O Governo Temer tem méritos sim

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A deposição Dilma foi fator importante para criar otimismo no mercado. Mesmo assim, os efeitos do impeachment jamais seriam de médio e longo prazo. A substituição do trágico governo anterior por outro que não tivesse disposição política de fazer o que precisava ser feito, resultaria no continuísmo da depressão econômica. Se os indicadores vêm melhorando ao longo deste ano e meio, é em virtude dos contínuos esforços realizados.

Por mais qualificado que seja Henrique Meirelles e outros nomes importantes que compõe a sua equipe, não há Ministro da Fazenda que dê conta de resolver os problemas se não tiver apoio do mandatário que o nomeou. E, se quisermos um exemplo nítido disso, basta olhar para Dilma e Joaquim Levy, a quem ela nomeou para comandar a economia sem jamais dar a liberdade necessária. O esforço de “ajuste fiscal” empreendido no final do mandato dela jamais foi levado a sério. Levy não tinha suporte e era constantemente boicotado. É exatamente o contrário do que acontece agora.

Temer é o fiador último de todas as reformas que vêm sendo implementadas. E não sou eu quem diz isso: é a própria economia. Quando Joesley Batista sacou de sua viola as gravações ilícitas contra o Presidente e este correu o risco de cair, a Bolsa de Valores derreteu e o dólar subiu. Além disso, as discussões referentes à Reforma da Previdência ficaram paralisadas ao ponto de voltarem à estaca zero. Só agora, com as denúncias contra Temer adiadas pela Câmara, é que as coisas poderão voltar a andar, e com poucas perspectivas de aprovação.

A única forma de contornar a situação falimentar em que o PT deixou o país é com a adoção de medidas austeras de alto impacto popular. Medidas essas que são impensáveis para um governo populista ou para um governo recém-eleito. De modo que aquilo que se operacionaliza hoje só tem a atual janela política para se concretizar.

Em pouco mais de um ano, o governo Temer aprovou PEC do Teto, a Reforma Trabalhista, a Lei de Terceirizações e desenha um amplo pacote de privatizações, que incluem a Eletrobras e a Casa da Moeda, além de portos, usinas e aeroportos. No mesmo período, começou o processo de saneamento da Petrobrás e a negociação da repactuação da dívida dos Estados com a União. Tudo isso só pode ser colocado em prática com esforços múltiplos e muita, muita sustentação política.

Se fosse um demagogo, vendo os seus exíguos números de aprovação, Temer poderia muito bem se jogar nos braços da irresponsabilidade fiscal, empurrando com a barriga os problemas econômicos do país até que seu mandado acabasse e outro ocupasse seu lugar. Era o que Dilma Rousseff e o PT fizeram em 2013 e 2014, com as famosas pedaladas. Deu no que deu.

O saldo rápido do atual governo é o seguinte: queda da inflação de 9,28% para 2,46%, crescimento da produção industrial de – 9,8% para + 0,8, crescimento da balança comercial de 19 bilhões para 48 bilhões e volta da geração de empregos de – 448 mil vagas para + 103 mil vagas (acumulado do primeiro trimestre). Não é necessário gostar de Michel Temer ou acreditar em sua inocência para reconhecer a realidade e o fato de que é a sua Administração a responsável pela retomada do crescimento.

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A instabilidade emocional é o custo imediato da democracia

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Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.

Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.

Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.

Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.

A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.

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Eva Lorenzato: “No Brasil e no mundo, as pessoas reconhecem o trabalho do PT”. Tchequinho não poupa

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Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos

Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha,  com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.

Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.

Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…

Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:

Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:

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Candeia critica fala de Toffoli sobre Poder Moderador e semipresidencialismo no Brasil

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Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.

Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja:

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