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Intervenção federal no Rio de Janeiro Intervenção federal no Rio de Janeiro

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A intervenção federal é subterfúgio para enterrar a Reforma da Previdência?

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A única maneira se devolver alguma sensação de tranquilidade para o Rio de Janeiro era a aprovação da intervenção federal. A medida está sendo utilizada por oportunistas e covardes de modo a engavetar a Reforma da Previdência. No entanto, os efeitos na segurança tendem a a ser positivos a curto prazo.

O Brasil deve sim resolver seus problemas mais imediatos. Com uma média de 60 mil homicídios anuais, é imperativo que se dê uma resposta aos bandidos. E não apenas no Rio de Janeiro. A epidemia de criminalidade é resultante de uma soma de fatores nefastos: ideologia marxista nas faculdades de Direito, legislação penal frouxa, incompetência e falta de recursos. As forças militares nas ruas podem estabilizar a situação momentaneamente. Mesmo assim, só medidas complexas e mais abrangentes vão garantir a contenção do crime a médio e longo prazo no Brasil. De modo que é preciso atualizar a legislação, tornando-a mais dura. Aumentar os investimentos no policiamento e no sistema penitenciário também são necessários.

A atuação imediata na área da segurança não está dissociada do processo de recuperação e estabilização da economia. Sem austeridade fiscal não haverá dinheiro para armamentos, viaturas, equipamentos, fiscalização de fronteira e ampliação das vagas em presídios. Estados que se encontram quebrados têm muito mais dificuldade em lidar com o crime. No Rio de Janeiro, é frequente que falta combustível para realizar rondas policiais. No Rio Grande do Sul, o salário dos policiais é continuamente parcelado e o secretário de Segurança já chegou até a condicionar o sucesso de medidas na área da segurança à adesão do Estado ao regime de recuperação fiscal proposto pela União.

Mas qual é a relação da Reforma da Previdência com o futuro das políticas de segurança? A Seguridade Social é hoje o maior gargalo nacional. Seus déficits contínuos aprofundam a dívida pública e sufocam investimentos. De 2016 para 2017, o rombo no setor cresceu 18%, subindo de R$ 227 bilhões para R$ 269 bilhões. Sem modificações em sua estrutura atual, os números negativos continuarão aumentando até que outras áreas sejam afetadas. Estudo realizado pelo Tesouro Nacional mostra que futuramente a Previdência será sustentada não só com aumento de impostos, mas também com a retirada de recursos da educação, da saúde, da infraestrutura e também da segurança.

Ainda que haja impeditivo legal para que reformas constitucionais sejam efetuadas na vigência de uma intervenção, uma prioridade não se opõe a outra. Mesmo assim, são pequenas as chances de a Reforma sair em 2018. E, com isso, há chances ainda menores de haver qualquer tipo de Reforma nos próximos anos.

O tema da Previdência é politicamente espinhoso. Além do núcleo duro do governo Temer, nunca houve disposição para se explicar a coisa para a população. O PSDB, por exemplo, chegou a vacilar em seu apoio a proposta. Desde o início, a esquerda, capitaneada por Lula, foi efetiva em demonizar o assunto, incorporando a resistência ao projeto de reforma como parte de sua estratégia política para a eleição presidencial vindoura.

O Brasil está perdendo uma oportunidade única de sanear a Seguridade Social. É lamentável que a situação urgente do Rio de Janeiro sirva de subterfúgio para se inviabilizar a discussão de um tema tão importante quanto a Previdência. Infelizmente, a conivência eleitoral está impondo o rumo das coisas, para prejuízo futuro do país.

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A instabilidade emocional é o custo imediato da democracia

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Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.

Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.

Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.

Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.

A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.

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Eva Lorenzato: “No Brasil e no mundo, as pessoas reconhecem o trabalho do PT”. Tchequinho não poupa

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Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos

Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha,  com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.

Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.

Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…

Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:

Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:

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Candeia critica fala de Toffoli sobre Poder Moderador e semipresidencialismo no Brasil

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Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.

Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja:

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