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Passo Fundo

A prefeitura de Passo Fundo comprou gasolina suficiente para dar 43 voltas na Terra em 2018

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Compras são realizadas várias vezes ao mês, diretamente da Petrobrás para o posto da própria prefeitura, responsável pelo abastecimento da frota municipal

Usar a transparência para tentar entender a dinâmica da compra e consumo de combustíveis na prefeitura de Passo Fundo é uma tarefa hercúlea, mas nós tentamos: com um trabalho manual, buscando dados “tela por tela” no sistema, foi possível isolar as compras de gasolina aditivada durante o ano de 2018 (a prefeitura só compra aditivada).

A transparência permite a exportação de tabelas que demonstram pagamentos para a Petrobrás, mas nas planilhas vão misturadas as compras de diversos tipos de óleo diesel, lubrificantes em geral e óleo de xisto. Muitos registros mostram apenas o valor pago, sem especificar o que foi comprado naquele empenho. Sendo assim, resta ao cidadão consultar em tela – um por um – os empenhos da Prefeitura para a Petrobras.

 

Exemplo de tela exibindo empenho para pagamento de gasolina aditivada.

Diferentemente das 8 compras identificadas como “gasolina” nas tabelas exportadas indicando os empenhos de 2018, na realidade foram 31 no ano, totalizando a incrível marca de 115 mil litros de gasolina. Para usar como exemplo um Onix Joy (muito presente na frota da prefeitura) que faz 15 km com um litro na estrada, é combustível suficiente para dar 43 voltas no planeta Terra, com sua circunferência aproximada de 40 mil quilômetros.

Todo este combustível é gasto na frota da prefeitura, para os veículos que obviamente usam gasolina. Carros de passeio e vans que atendem as mais diversas secretarias, a Guarda de Trânsito com suas viaturas e outros veículos que realizam deslocamentos pertinentes com as funções que lhe foram designadas.

Parcial da planilha de veículos da frota de Passo Fundo: alguns veículos são cadastrados sem ano e modelo de fabricação.

Entender a frota da Prefeitura de Passo Fundo é outro complicador: o sistema exporta um arquivo em pdf ou permite a consulta por placa. Quando exportada, a planilha mistura tratores com veículos leves e outras máquinas típicas do serviço urbano. A consulta por ano da frota é falha; na hora do cadastro, nem todos os veículos foram especificados com todos os campos do sistema, especialmente o do ano.

A planilha da frota aponta cerca de 100 veículos à gasolina ou flex. Hipoteticamente, desprezando a possibilidade de uma parcela destes carros listados estar sucateada, seriam 1150 litros para cada veículo em 2018 ou 9200 km no ano para cada viatura ( consumo de 8km/l ). Este valor resultaria em 36,5 quilômetros rodados por dia útil em 2018, para cada viatura (à gasolina) da prefeitura de Passo Fundo.

O consumo de óleo diesel não é o foco deste texto por apresentar perfis de uso diferenciado, pode ser tanto para máquinas que gastam combustível por hora (tratores, escavadeiras e etc) ou os tradicionais caminhões e demais veículos, com medida similar aos veículos leves.

No total, para todos os produtos adquiridos, a prefeitura de Passo Fundo pagou 1,7 milhão de reais para a Petrobras no ano de 2018.

A transparência faria um trabalho bem mais claro (sem trocadilho) se desse condições para o cidadão conferir, em tempo real, o uso das viaturas com secretaria responsável, origem, destino e quilometragem gasta na tarefa, até mesmo com dados de GPS. A tecnologia existe, algumas até já estão em uso pela própria prefeitura, bastando apenas a conexão. Muito já foi discutido sobre a quantidade de dados que a empresa Uber deveria fornecer sobre as corridas para obter a permissão legal de operação na cidade. De forma análoga, está na hora do cidadão exigir informações na mesma moeda, mas do poder público.

Passo Fundo

Em votação dividida, vereadores reprovam subsídios às empresas de transporte

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A medida estava sendo amplamente criticada pelos setores da sociedade.  Na dicotomia “salvar o sistema público de transporte” e “controle dos gastos públicos”, prevaleceu o segundo

A pandemia veio como uma avalanche sobre a economia brasileira. O “fique em casa, a economia a gente vê depois” mostrou ser mais um jargão politiqueiro do que uma solução para a crise que se instalava não só na saúde, como nas finanças como um todo: empresas fechadas, setores com baixa demanda, demissões em massa. Isso sem contar naqueles que, amparados pela força estatal, submeteram empresários a prisões forçadas ou vendo seus negócios lacrados por agentes de saúde. Um fiasco.

Consequentemente, a conta um dia viria. Sobre o setor de transporte público, é evidente que seu uso depende de que o resto esteja em pleno funcionamento. A pandemia diminuiu consideravelmente os números do setor. Com restrições, as pessoas se obrigaram a valer de outras formas de locomoção. Com muitos desempregados, o Uber e outros aplicativos se tornaram opção para muitos. Uma corrida de Uber, em muitos casos, estava “pau a pau” com uma passagem de circular urbano, o que prejudicou ainda mais as finanças de empresas como a Coleurb e a Codepas, de Passo Fundo.

Na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, em regime de urgência, de autoria do Poder Executivo Municipal, o PL 107/2022 queria garantir cerca de R$ 8 milhões para as duas empresas municipais. Para uns, a medida não implicava “apoio às empresas”, mas a “salvação do setor público de transporte urbano” – muitos já não caem nessa conversa. Para outros, a pandemia afetou quase que a totalidade dos empresários e setores da economia, sendo injusto o destino de tanto subsídio concentrado em duas empresas. E as demais, como ficam?

Por 11 votos contrários a 9 favoráveis, o subsídio foi reprovado.

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Passo Fundo

Dinheiro para a COLEURB: Pedro Almeida mandou um projeto ridículo, horrível e vergonhoso para a Câmara de Vereadores

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dinheiro para a coleurb

Estes três adjetivos deram o tom da entrevista coletiva concedida pelos vereadores da oposição em Passo Fundo, sobre o Projeto de Lei que quer subsidiar a Coleurb e a Codepas

Os vereadores da oposição chamaram a imprensa de Passo Fundo para uma coletiva nesta quarta, 7 de dezembro. A apresentação foi liderada pela vereadora trabalhista Professora Regina, que conduziu com maestria o evento responsável por esclarecer a posição dos oposicionistas sobre o PL 107/2022 e escancarar o amadorismo do Executivo no envio do pobríssimo texto para a casa, em regime de urgência.

Também participaram da coletiva os vereadores Ada Munaretto (PL), Rufa (PP), Ernesto dos Santos (PDT), Eva Valéria Lorenzato (PT), Tchequinho (PSC), Gleison Consalter (PDT), Rodinei Candeia (Republicanos) e Sargento Trindade (PDT).

Veja também: Prefeito Pedro Almeida quer dar dinheiro para a COLEURB. Você concorda com esta farra? e Subsídio para COLEURB é um verdadeiro saque ao dinheiro público.

Existem dois grupos distintos de vereadores contrários ao subsídio entre os oposicionistas: os que não querem dinheiro público na mão de empresas privadas de qualquer maneira e os que não querem liberar os valores sem uma melhor transparência e garantia de contrapartidas, como prestação de contas e manutenção dos empregos. No primeiro grupo, destacam-se Ada, Tchequinho e Candeia.

“Ridículo e horrível” foi a definição dada pelo vereador Gleison Consalter para o projeto, destacando que várias empresas foram afetadas pela pandemia, não apenas as de transporte. “Vergonhoso” ficou a cargo de Tchequinho, que lembrou das dificuldades habitacionais na cidade, como nas ocupações na região do Bourbon, e agora “querem dar dinheiro para a Coleurb”.

Coletiva sobre o PL 107/2022. Foto: Câmara de Vereadores de Passo Fundo.

Nota-se que o prefeito está queimado com este grupo de vereadores. O chefe do executivo mandou um projeto ruim para a Câmara, o que gerou a elaboração de diversas emendas na casa que agora recebe insinuações de má-vontade, de estar “trancando a pauta” e até usando o caso para objetivos eleitorais de olho em 2024. Insinuações repudiadas com veemência e pronunciamentos inflamados de Ada e Candeia.

Coleurb e Codepas provavelmente receberão este dinheiro, mas não será tão fácil como pretendia a prefeitura e o grupo político que comanda a cidade desde 2013. O povo de Passo Fundo terá que sofrer mais um pouco até o segundo capítulo desta novela, com a licitação do transporte público de fato. Este, só Deus sabe quando sai.

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Passo Fundo

Passo Fundo terá nova edição do evento “O Despertar da Direita”

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O evento está previsto para o próximo dia 6, às 19h, na sede do Sindicato Rural

Na sua 4ª edição, o evento “O Despertar da Direita” contará com a palestra “Para onde o STF está levando o Brasil“, do vereador Rodinei Candeia (Republicanos), no Sindicato Rural, em Passo Fundo.

A seguir, é possível ver o texto de divulgação pelos organizadores do evento, além de link para inscrição. No card, logo abaixo, é possível visualizar mais informações sobre horário e endereço do local.

A Constituição Federal não foi rasgada.

Foi rasgada, pisada, queimada… E agora está sendo reescrita.

O Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria servir ao povo, revelou-se uma quadrilha que, a cada canetada, coloca mais uma algema nos punhos da população.

Onde isso vai parar? Que Brasil estamos deixando para as próximas gerações?

Após 3 anos em silêncio, O Despertar da Direita está de volta. Para ajudar a lançar luz em um momento tão obscuro, faremos o primeiro de muitos encontros. Neste, teremos uma palestra sobre o tema Para onde o STF está levando o Brasil?, com o convidado Rodinei Candeia.

Sua entrada é 100% gratuita, mas pedimos que confirme sua presença entrando no grupo oficial do evento, tocando no link:

https://chat.whatsapp.com/J5L4i4nUfREJfm6JEsExCy

Divulgue para seus amigos interessados. Precisamos nos unir.

O Despertar da Direita

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