Entre em contato

Passo Fundo

Quem precisa da Frente Nacional de Prefeitos?

Publicado

on

 

Dinheiro do cidadão passo-fundense ajuda a financiar entidade que já foi considerada desnecessária pelo Ministério Público do Paraná.

A Frente Nacional de Prefeitos – FNP é uma entidade de direito privado e sem fins lucrativos que foi criada no final dos anos 90. Seu principal objetivo é zelar pelos interesses dos municípios atuando junto aos três poderes, fazer parcerias, eventos e demais ações características de uma entidade deste tipo. Em seu site, declara ter “foco de atuação” em 400 municípios com mais de 80 mil habitantes. Resumindo: lobby em questões diversas, eventos e promoção de gestores.

O município de Passo Fundo é membro da entidade e os cidadãos pagam caro por isso: a anuidade de 2017 custará aos cofres públicos a quantia de R$ 56.862,00.  Cerca de 60% deste valor já foi quitado. Em 2016 cerca de 40 mil reais;  em 2015, quase 25 mil. O prefeito Luciano Azevedo foi eleito vice-presidente de uma das 70 (sim, setenta!) “vice-presidências temáticas” da entidade em abril deste ano, na área de “Práticas Inovadoras”. São 16 diretorias executivas, 70 vice-presidências temáticas e 9 vice-presidências estaduais. O presidente atual (com mandato até 2019) é o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB).

Anúncio da vice-presidência da FNP para Prefeito Luciano Azevedo. O site oficial da Prefeitura de Passo Fundo promove as qualidades do gestor. Disponível em http://www.pmpf.rs.gov.br/interna.php?t=19&i=11483 .

A FNP está em uma cruzada contra um novo projeto de lei, aprovado pelo Congresso e que aguarda a sanção do Presidente Michel Temer, que concede porte de armas aos agentes fiscais de trânsito.  No site do Senado, na página que mostra a tramitação do PLC 152/2015, há também a enquete (consulta pública) realizada oficialmente que apontou 1831 votos SIM contra 131 votos NÃO para o PL. Isso dá uma surra de 93% da população que opinou, com o devido cadastro, favorável ao projeto.

“Nós somos contrários ao armamento dos agentes de trânsito e imaginamos que você também”, diz a entidade que lê errado a mente dos contribuintes dos seus afiliados e defende fortemente suas ideias na rede social. Reprodução do Facebook.

Mas a entidade, financiada com o dinheiro dos impostos pagos por esta mesmo população, pensa muito diferente. Além de brigar contra a possibilidade dos agentes de trânsito portarem uma arma, claramente amplia a discussão para o uso de armas em geral. A FNP tem claro viés desarmamentista.

A FNP também compartilha a campanha da Prefeitura de Campinas, pedindo  “não ao projeto de armas”, usando o tradicional símbolo da entidade desarmamentista Sou da Paz. O prefeito de Campinas é presidente da Frente Nacional de Prefeitos.

Ainda em seu site, a FNP produziu uma notícia publicada no último dia 10 de outubro, sobre uma audiência solicitada ao Presidente Michel Temer onde pediria o veto ao PLC 152/2015. Entre os argumentos listados: a não necessidade de armas (os agentes seriam protegidos pelas forças de segurança já existentes), os custos para comprar as armas, a defesa da teoria que “agente de trânsito não faz abordagem” e, finalmente, o argumento que entrega o jogo: a entidade cita o cenário internacional em relação ao controle do porte de armas de fogo, com recentes atentados terroristas nos EUA e na Europa. É inacreditável. O texto fecha com a divulgação da hashtags #VetaPresidente e #TrânsitoSemArmas, para uso no Facebook e no Twitter.

Uma entidade desnecessária

Em 2014, o Ministério Público do Paraná exigiu a devolução de R$ 267 mil aos cofres públicos da Prefeitura de Maringá, além de proibir a prefeitura de repassar novos valores para a Frente Nacional de Prefeitos. Um promotor de justiça considerou ilegal o pagamento das anuidades por não existir lei no município autorizando este gasto, além da entidade não representar qualquer benefício para a cidade paranaense. O valor é referente ao período de 2007 até 2013. Em junho deste ano, o MP divulgou a decisão acatando o pedido.

Nosso gasto desnecessário

Os três anos de associação da Prefeitura de Passo Fundo com a FNP custarão aos passo-fundenses o valor de R$ 121.962,00. Dinheiro que, sozinho ou somado a outros gastos duvidosos, poderia virar bens e serviços muito mais necessários à população. Só a soma das anuidades da FNP, no caso da população considerar viável a adoção de armamento para os Agentes de Trânsito, compraria 75 pistolas Beretta .40 para estes profissionais. Para a entidade, parece que a compra de pistolas sufocaria o orçamento das cidades. Anuidades, não.

Este valor tem potencial para dobrar, já que aumenta a cada ano e faltam as anuidades de 2018 e 2019 na conta.

As prefeituras possuem um aparato gigantesco. Passo Fundo tem orçamento, pessoal contratado com os mais diversos vínculos, além  de capacidade intelectual para, sozinha ou em conjunto com outros municípios, executar ações em defesa dos mais variados interesses. Precisamos de mais ação e menos marketing. #MaisAçãoEmenosPromoção!

 

 

Passo Fundo

Em votação dividida, vereadores reprovam subsídios às empresas de transporte

Publicado

on

A medida estava sendo amplamente criticada pelos setores da sociedade.  Na dicotomia “salvar o sistema público de transporte” e “controle dos gastos públicos”, prevaleceu o segundo

A pandemia veio como uma avalanche sobre a economia brasileira. O “fique em casa, a economia a gente vê depois” mostrou ser mais um jargão politiqueiro do que uma solução para a crise que se instalava não só na saúde, como nas finanças como um todo: empresas fechadas, setores com baixa demanda, demissões em massa. Isso sem contar naqueles que, amparados pela força estatal, submeteram empresários a prisões forçadas ou vendo seus negócios lacrados por agentes de saúde. Um fiasco.

Consequentemente, a conta um dia viria. Sobre o setor de transporte público, é evidente que seu uso depende de que o resto esteja em pleno funcionamento. A pandemia diminuiu consideravelmente os números do setor. Com restrições, as pessoas se obrigaram a valer de outras formas de locomoção. Com muitos desempregados, o Uber e outros aplicativos se tornaram opção para muitos. Uma corrida de Uber, em muitos casos, estava “pau a pau” com uma passagem de circular urbano, o que prejudicou ainda mais as finanças de empresas como a Coleurb e a Codepas, de Passo Fundo.

Na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, em regime de urgência, de autoria do Poder Executivo Municipal, o PL 107/2022 queria garantir cerca de R$ 8 milhões para as duas empresas municipais. Para uns, a medida não implicava “apoio às empresas”, mas a “salvação do setor público de transporte urbano” – muitos já não caem nessa conversa. Para outros, a pandemia afetou quase que a totalidade dos empresários e setores da economia, sendo injusto o destino de tanto subsídio concentrado em duas empresas. E as demais, como ficam?

Por 11 votos contrários a 9 favoráveis, o subsídio foi reprovado.

Continue Lendo

Passo Fundo

Dinheiro para a COLEURB: Pedro Almeida mandou um projeto ridículo, horrível e vergonhoso para a Câmara de Vereadores

Publicado

on

dinheiro para a coleurb

Estes três adjetivos deram o tom da entrevista coletiva concedida pelos vereadores da oposição em Passo Fundo, sobre o Projeto de Lei que quer subsidiar a Coleurb e a Codepas

Os vereadores da oposição chamaram a imprensa de Passo Fundo para uma coletiva nesta quarta, 7 de dezembro. A apresentação foi liderada pela vereadora trabalhista Professora Regina, que conduziu com maestria o evento responsável por esclarecer a posição dos oposicionistas sobre o PL 107/2022 e escancarar o amadorismo do Executivo no envio do pobríssimo texto para a casa, em regime de urgência.

Também participaram da coletiva os vereadores Ada Munaretto (PL), Rufa (PP), Ernesto dos Santos (PDT), Eva Valéria Lorenzato (PT), Tchequinho (PSC), Gleison Consalter (PDT), Rodinei Candeia (Republicanos) e Sargento Trindade (PDT).

Veja também: Prefeito Pedro Almeida quer dar dinheiro para a COLEURB. Você concorda com esta farra? e Subsídio para COLEURB é um verdadeiro saque ao dinheiro público.

Existem dois grupos distintos de vereadores contrários ao subsídio entre os oposicionistas: os que não querem dinheiro público na mão de empresas privadas de qualquer maneira e os que não querem liberar os valores sem uma melhor transparência e garantia de contrapartidas, como prestação de contas e manutenção dos empregos. No primeiro grupo, destacam-se Ada, Tchequinho e Candeia.

“Ridículo e horrível” foi a definição dada pelo vereador Gleison Consalter para o projeto, destacando que várias empresas foram afetadas pela pandemia, não apenas as de transporte. “Vergonhoso” ficou a cargo de Tchequinho, que lembrou das dificuldades habitacionais na cidade, como nas ocupações na região do Bourbon, e agora “querem dar dinheiro para a Coleurb”.

Coletiva sobre o PL 107/2022. Foto: Câmara de Vereadores de Passo Fundo.

Nota-se que o prefeito está queimado com este grupo de vereadores. O chefe do executivo mandou um projeto ruim para a Câmara, o que gerou a elaboração de diversas emendas na casa que agora recebe insinuações de má-vontade, de estar “trancando a pauta” e até usando o caso para objetivos eleitorais de olho em 2024. Insinuações repudiadas com veemência e pronunciamentos inflamados de Ada e Candeia.

Coleurb e Codepas provavelmente receberão este dinheiro, mas não será tão fácil como pretendia a prefeitura e o grupo político que comanda a cidade desde 2013. O povo de Passo Fundo terá que sofrer mais um pouco até o segundo capítulo desta novela, com a licitação do transporte público de fato. Este, só Deus sabe quando sai.

Continue Lendo

Passo Fundo

Passo Fundo terá nova edição do evento “O Despertar da Direita”

Publicado

on

O evento está previsto para o próximo dia 6, às 19h, na sede do Sindicato Rural

Na sua 4ª edição, o evento “O Despertar da Direita” contará com a palestra “Para onde o STF está levando o Brasil“, do vereador Rodinei Candeia (Republicanos), no Sindicato Rural, em Passo Fundo.

A seguir, é possível ver o texto de divulgação pelos organizadores do evento, além de link para inscrição. No card, logo abaixo, é possível visualizar mais informações sobre horário e endereço do local.

A Constituição Federal não foi rasgada.

Foi rasgada, pisada, queimada… E agora está sendo reescrita.

O Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria servir ao povo, revelou-se uma quadrilha que, a cada canetada, coloca mais uma algema nos punhos da população.

Onde isso vai parar? Que Brasil estamos deixando para as próximas gerações?

Após 3 anos em silêncio, O Despertar da Direita está de volta. Para ajudar a lançar luz em um momento tão obscuro, faremos o primeiro de muitos encontros. Neste, teremos uma palestra sobre o tema Para onde o STF está levando o Brasil?, com o convidado Rodinei Candeia.

Sua entrada é 100% gratuita, mas pedimos que confirme sua presença entrando no grupo oficial do evento, tocando no link:

https://chat.whatsapp.com/J5L4i4nUfREJfm6JEsExCy

Divulgue para seus amigos interessados. Precisamos nos unir.

O Despertar da Direita

Continue Lendo

Mais Acessados

Copyright © 2021. Lócus Online.