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Passo Fundo

De olho nas compras da Prefeitura de Passo Fundo em tempos de COVID-19 – Parte 2

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Novos dados da Transparência mostram aquisição de suprimentos hospitalares, dados confusos e dinheiro diretamente na mão de CCs para compras de materiais

 

A Prefeitura lançou uma espécie de “Portal da Transparência” dedicado ao gastos com a pandemia do coronavírus em Passo Fundo. Na página dentro do site oficial foram colocados links para “Despesas realizadas até o dia 30/04/2020”, “Relação dos Empenhos realizados até o dia 30/04/2020” e “Visualize as despesas realizadas a partir de 01/05/2020”, além da listagem de decretos publicados pelo Município para o enfrentamento do coronavírus.

Nós já abordamos os gastos da Prefeitura no âmbito da pandemia no artigo De olho nas compras da Prefeitura de Passo Fundo em tempos de COVID-19.

A transparência do vírus na realidade é um compilado do que já existe nos canais de sempre, mas herdando os mesmos problemas de falta de clareza na exibição dos dados públicos. Mesmo assim, é possível descobrir alguns números e procedimentos financeiros  importantes.

Os respiradores

No centro de polêmicas e confusões por todo o país, a compra de respiradores por parte de prefeituras está gerando dúvidas. Aqui não foi diferente, com anúncios carregados no marketing político, releases para a imprensa e “provas” de que o prefeito está fazendo o trabalho no combate da doença.

Encontramos nos empenhos duas compras de respiradores. A primeira, de modelos mais robustos, foi feita na empresa Draeger Indústria e Comércio LTDA. São duas unidades do aparelho “Ventilador Pulmonar Eletrônico modelo Fabius Plus XL” ao preço de R$ 91 mil cada e quatro unidades do “Ventilador Pulmonar – Modelo Primus”, por R$ 145 mil cada um.

Outro empenho aponta a compra de 5 unidades do “Ventilador Pulmonar – Modelo Trilogy 100”, por R$ 56.476,80 cada um, da empresa White Martins Gases Industriais LTDA. Este é um modelo bem mais simples.

As duas compras de respiradores apresentam preços compatíveis com o praticado no mercado.

Ao todo, a prefeitura lista gastos de R$ 1.044.384,00 em respiradores, em duas compras. A fonte dos recursos é definida como “Incentivo Atenção Básica – PIES” para o primeiro e “Incentivos PSF Estadual” para o segundo. Nos releases que manda para os órgãos da imprensa local, a Prefeitura afirma que investiu recursos na compra de respiradores para os hospitais da cidade no enfrentamento do novo coronavírus e também, nas palavras do Prefeito:

Esse é mais um esforço da Prefeitura no sentido de fortalecer o trabalho conjunto com os hospitais no atendimento da população e combate a covid-19. Os respiradores são importantes para qualificar o atendimento e salvar mais vidas de passo-fundenses”.

Os empenhos declarados na Transparência da COVID-19 somam quase R$ 3 milhões. Um terço das compras ficou nos respiradores descritos acima. De resto, uma diversidade de insumos hospitalares, testes, equipamentos de proteção, álcool gel e serviços diversos.

A diversidade de compras médicas e a falta de marcas e modelos específicos em alguns itens impede a avaliação do preço, em comparação ao que é praticado no mercado, especialmente no atacado. Em tempos de extrema procura por conta da pandemia, pode haver diferença por questões de oferta, procura e alta do dólar. É um momento atípico, que pede um estudo mais apurado nos próximos meses.

O carro de som

Fique em casa! (foto meramente ilustrativa).

Quase todos os moradores da cidade já ouviram o anúncio em áudio orientando as pessoas para que fiquem em casa, vindo de um carro de som. O serviço foi contratado com a pessoa física Jaison Fernandes dos Passos por R$ 6.720,00. Foram 168 horas de avisos durante 14 dias, por R$ 40,00 a hora.

Dados confusos na transparência

Confusa por natureza, a transparência tem problemas evidentes no cadastro dos dados. A compra do empenho 2020/4457 aparece especificada como “Alcool Gel a base de álcool etílico 70%. Frasco de 1 litro. -22 frascos de álcool gel manipulado 110G”, uma unidade (unidade litro) com preço unitário R$ 1.800,00 e preço total R$ 1.800,00. Não dá para entender o que é.

Dinheiro na mão de Cargos de Confiança e Funcionários

Mesmo com tantas compras para combater a COVID-19 – somando quase R$ 3 milhões – a Prefeitura ainda adotou a prática de pagamentos na conta de funcionários e CCs da Secretaria de Saúde a título de “Adiantamento para Material de Consumo”. São credores Caroline Gosch, Akira Fogaça, Alfredo Deolindo Silva Schneiders e Carla Beatrice Crivellaro Gonçalves. Cada um recebeu a quantia de R$ 5000,00.

Fiscalizar, sempre

A Lócus está de olho nos gastos por parte da Prefeitura de Passo Fundo no combate ao coronavírus. Com mais verbas (inclusive um pacote de socorro federal que deverá trazer para o município quase R$ 30 milhões) mais compras serão realizadas. Pela transparência ou por outros meios, seguiremos informando.

Os dados aqui publicados são cópias de documentos já disponíveis no site da Prefeitura, sem adição de qualquer informação de empresa ou pessoa física envolvida.

 

Passo Fundo

Em votação dividida, vereadores reprovam subsídios às empresas de transporte

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A medida estava sendo amplamente criticada pelos setores da sociedade.  Na dicotomia “salvar o sistema público de transporte” e “controle dos gastos públicos”, prevaleceu o segundo

A pandemia veio como uma avalanche sobre a economia brasileira. O “fique em casa, a economia a gente vê depois” mostrou ser mais um jargão politiqueiro do que uma solução para a crise que se instalava não só na saúde, como nas finanças como um todo: empresas fechadas, setores com baixa demanda, demissões em massa. Isso sem contar naqueles que, amparados pela força estatal, submeteram empresários a prisões forçadas ou vendo seus negócios lacrados por agentes de saúde. Um fiasco.

Consequentemente, a conta um dia viria. Sobre o setor de transporte público, é evidente que seu uso depende de que o resto esteja em pleno funcionamento. A pandemia diminuiu consideravelmente os números do setor. Com restrições, as pessoas se obrigaram a valer de outras formas de locomoção. Com muitos desempregados, o Uber e outros aplicativos se tornaram opção para muitos. Uma corrida de Uber, em muitos casos, estava “pau a pau” com uma passagem de circular urbano, o que prejudicou ainda mais as finanças de empresas como a Coleurb e a Codepas, de Passo Fundo.

Na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, em regime de urgência, de autoria do Poder Executivo Municipal, o PL 107/2022 queria garantir cerca de R$ 8 milhões para as duas empresas municipais. Para uns, a medida não implicava “apoio às empresas”, mas a “salvação do setor público de transporte urbano” – muitos já não caem nessa conversa. Para outros, a pandemia afetou quase que a totalidade dos empresários e setores da economia, sendo injusto o destino de tanto subsídio concentrado em duas empresas. E as demais, como ficam?

Por 11 votos contrários a 9 favoráveis, o subsídio foi reprovado.

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Passo Fundo

Dinheiro para a COLEURB: Pedro Almeida mandou um projeto ridículo, horrível e vergonhoso para a Câmara de Vereadores

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dinheiro para a coleurb

Estes três adjetivos deram o tom da entrevista coletiva concedida pelos vereadores da oposição em Passo Fundo, sobre o Projeto de Lei que quer subsidiar a Coleurb e a Codepas

Os vereadores da oposição chamaram a imprensa de Passo Fundo para uma coletiva nesta quarta, 7 de dezembro. A apresentação foi liderada pela vereadora trabalhista Professora Regina, que conduziu com maestria o evento responsável por esclarecer a posição dos oposicionistas sobre o PL 107/2022 e escancarar o amadorismo do Executivo no envio do pobríssimo texto para a casa, em regime de urgência.

Também participaram da coletiva os vereadores Ada Munaretto (PL), Rufa (PP), Ernesto dos Santos (PDT), Eva Valéria Lorenzato (PT), Tchequinho (PSC), Gleison Consalter (PDT), Rodinei Candeia (Republicanos) e Sargento Trindade (PDT).

Veja também: Prefeito Pedro Almeida quer dar dinheiro para a COLEURB. Você concorda com esta farra? e Subsídio para COLEURB é um verdadeiro saque ao dinheiro público.

Existem dois grupos distintos de vereadores contrários ao subsídio entre os oposicionistas: os que não querem dinheiro público na mão de empresas privadas de qualquer maneira e os que não querem liberar os valores sem uma melhor transparência e garantia de contrapartidas, como prestação de contas e manutenção dos empregos. No primeiro grupo, destacam-se Ada, Tchequinho e Candeia.

“Ridículo e horrível” foi a definição dada pelo vereador Gleison Consalter para o projeto, destacando que várias empresas foram afetadas pela pandemia, não apenas as de transporte. “Vergonhoso” ficou a cargo de Tchequinho, que lembrou das dificuldades habitacionais na cidade, como nas ocupações na região do Bourbon, e agora “querem dar dinheiro para a Coleurb”.

Coletiva sobre o PL 107/2022. Foto: Câmara de Vereadores de Passo Fundo.

Nota-se que o prefeito está queimado com este grupo de vereadores. O chefe do executivo mandou um projeto ruim para a Câmara, o que gerou a elaboração de diversas emendas na casa que agora recebe insinuações de má-vontade, de estar “trancando a pauta” e até usando o caso para objetivos eleitorais de olho em 2024. Insinuações repudiadas com veemência e pronunciamentos inflamados de Ada e Candeia.

Coleurb e Codepas provavelmente receberão este dinheiro, mas não será tão fácil como pretendia a prefeitura e o grupo político que comanda a cidade desde 2013. O povo de Passo Fundo terá que sofrer mais um pouco até o segundo capítulo desta novela, com a licitação do transporte público de fato. Este, só Deus sabe quando sai.

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Passo Fundo

Passo Fundo terá nova edição do evento “O Despertar da Direita”

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O evento está previsto para o próximo dia 6, às 19h, na sede do Sindicato Rural

Na sua 4ª edição, o evento “O Despertar da Direita” contará com a palestra “Para onde o STF está levando o Brasil“, do vereador Rodinei Candeia (Republicanos), no Sindicato Rural, em Passo Fundo.

A seguir, é possível ver o texto de divulgação pelos organizadores do evento, além de link para inscrição. No card, logo abaixo, é possível visualizar mais informações sobre horário e endereço do local.

A Constituição Federal não foi rasgada.

Foi rasgada, pisada, queimada… E agora está sendo reescrita.

O Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria servir ao povo, revelou-se uma quadrilha que, a cada canetada, coloca mais uma algema nos punhos da população.

Onde isso vai parar? Que Brasil estamos deixando para as próximas gerações?

Após 3 anos em silêncio, O Despertar da Direita está de volta. Para ajudar a lançar luz em um momento tão obscuro, faremos o primeiro de muitos encontros. Neste, teremos uma palestra sobre o tema Para onde o STF está levando o Brasil?, com o convidado Rodinei Candeia.

Sua entrada é 100% gratuita, mas pedimos que confirme sua presença entrando no grupo oficial do evento, tocando no link:

https://chat.whatsapp.com/J5L4i4nUfREJfm6JEsExCy

Divulgue para seus amigos interessados. Precisamos nos unir.

O Despertar da Direita

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