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Covid-19

A prefeitura está decidindo por todos! Até quando vamos deixar isso continuar acontecendo?

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“Quarentena é quando você restringe a movimentação de pessoas doentes. Tirania é quando você restringe a movimentação de pessoas saudáveis”

Cada vez mais pessoas percebem a farsa contida na máxima repetida à exaustão pelo prefeito de Passo Fundo, Luciano Azevedo (PSB), de que as ações impetradas na cidade têm alguma relação com um dever político de interceder por salvar a vida da população.

E comprometido com a dita missão heroica de salvar vidas, o Prefeito agora pretende ampliar a tomada de decisões sobre a vida da própria população. Não é necessário se preocupar, nem concordar. Quem não concordar será, aliás, multado. Somente nas últimas semanas, as seguintes medidas foram anunciadas:

  • A prefeitura decide o que vai e o que não vai abrir;
  • A prefeitura decide quem vai trabalhar e quem não vai trabalhar;
  • A prefeitura decide dos que irão abrir, sob quais condições e com que formas de trabalho;
  • A prefeitura decide todas as normas de segurança aplicáveis à todas as pessoas em todos os casos;
  • A prefeitura decide quantas pessoas da sua família podem ir no mercado por vez;
  • A prefeitura decide quantas pessoas podem entrar no mercado por vez;
  • A prefeitura decide que tipo de mercado poderá abrir;
  • A prefeitura decide quanto você pode comprar de cada produto;
  • A prefeitura decide a distância que as pessoas devem ficar uma das outras em lugares fechados;
  • A prefeitura decide a distância que as pessoas devem ficar uma das outras na rua;
  • A prefeitura decide sobre restrições no ir e vir das pessoas;
  • A prefeitura decide que você tem a obrigação de usar máscaras (de qualquer qualidade), até mesmo no seu próprio carro;
  • A prefeitura decide multar quem não concorda com as obrigações impostas, afinal é para o seu próprio bem;

Então, “para o seu próprio bem”, o Prefeito está se valendo de poderes jamais visto anteriormente em relação ao Município. E essa postura tem sido compartilhada por políticos de todo o Brasil. É claro que as prefeituras não têm competência nem capacidade para decidir tudo isso. E é claro também que todas estas decisões são tirânicas, arbitrárias e despóticas, sem critérios claros. Vamos adotar, pela simplicidade, o argumento de um dos últimos decretos publicados, o decreto 075-2020 (que dispõe sobre a abertura de academias).

b) Aos estabelecimentos fica determinado o atendimento com equipe reduzida de trabalhadores, no limite de 25% (vinte e cinco por cento) de seu quadro funcional de forma simultânea, com atendimento individualizado e por agendamento prévio, respeitada a proporção de 01 (um) aluno por 01 (um) profissional e limitado ao número de até 05 (cinco) alunos por estabelecimento;

De tão incompetente a resolução, a publicação  do decreto foi seguida em poucas horas de uma campanha em rede social, denunciando a Prefeitura e explicando a inviabilidade econômica em abrir a academia nos termos do decreto. Diga-se de passagem: o decreto era aguardado pelos empresários como se fosse sair dali uma resolução séria e bem pensada.

Se você está achando que irá melhorar, você não está prestando atenção…

Somente o Estado pode resolver esta crise?

Ainda bem que  a natureza contra a vontade da humanidade, criou este monstro chamado coronavírus. Porque esse monstro está permitindo que os cegos enxerguem, que os cegos comecem a enxergar. Que somente o Estado é capaz de dar solução a determinadas crises. Esta crise do coronavírus, somente o Estado é que pode resolver isso.” – Luiz Inácio Lula da Silva

https://www.instagram.com/p/CAY_ql6n-2h/?igshid=15b8t8rplspf9

A tese de Lula, de que somente o Estado pode resolver, é a mesma tese adotada pelo prefeito Luciano Azevedo em Passo Fundo. Acontece que, ao contrário do esperado, a prefeitura:

  • Não tem competência para definir normas para as academias;
  • Não tem competência para definir sobre a efetividade das máscaras de qualquer qualidade, o que é absolutamente questionável;
  • Não tem competência para definir que empresas podem abrir, já que empresas com baixo risco de disseminação do vírus estão proibidas;

Enfim, a Prefeitura não tem capacidade de decidir sobre todos os aspectos da vida e das relações complexas entre as pessoas porque ela mal consegue cumprir com as próprias obrigações em tempos de normalidade. A Prefeitura não consegue nem mesmo cumprir com a pavimentação da Avenida Brasil!

Os governos não tem os meios para impedir que as pessoas contraiam qualquer vírus

Não é necessário ser perito para perceber que os governos não têm os meios de impedir que as pessoas contraiam um vírus qualquer, muito menos um vírus com altíssimo grau de contaminação como o COVID19. O H1N1, por exemplo, é enfrentado todos os anos.

A garantia da vida através de ações do governo são uma farsa, até porque é algo fora do controle do governo. Ademais, se houvesse grande preocupação da prefeitura com a saúde da população, teríamos uma estrutura de saúde muito superior a atual, isso em tempos pré-pandemia! Até parece, pela comunicação oficial, que foi a pandemia que gerou uma superlotação no setor da saúde.

E o risco de morte da população?

A morte é uma das poucas certezas da vida e, apesar disso, todo ser humano assume o risco de morte diariamente em tarefas simples como ir ao mercado, ir para o trabalho, dirigir, pegar um avião ou atravessar a rua.

Mas e por que corremos o risco de morte tantas vezes ao dia? Porque, em primeiro lugar, temos liberdade para escolher o que é melhor para nós mesmos; em segundo, porque consideramos que a chance de morrer ao atravessar a rua é muito menor do que a chance de efetivamente atravessar a rua em segurança.

Apesar disso as estatísticas de pedestres mortos não são muito favoráveis.

Curiosamente o subtítulo: “Pesquisadores constataram que 44,7% dos mortos tinham mais de 60 anos”

Nem por isso revogamos o direito das pessoas de atravessar a rua

Pareceria um absurdo a proposição de proibir o direito de ir e vir, mas estamos cada vez mais próximos. Com casos já documentados no Brasil de pessoas presas por estarem em locais públicos. Agora, temos com todas as letras em comunicação oficial da prefeitura o aviso de que nas próximas semanas haverá “ampliação das restrições de circulação nas ruas”

Você vai deixar isso acontecer?

A prefeitura de Passo Fundo é uma entidade incapaz de executar o asfalto do município, quanto mais seria capaz de garantir a nossa vida em uma pandemia. De alguma maneira, grande parte da população aceitou trocar suas empresas, seus empregos, seus direitos dividuais mais fundamentais – como o direito de ir e vir – pela tutela do poder público.

 

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Covid-19

Mais de dois anos depois, a Prefeitura de Passo Fundo ainda gasta milhões com o coronavírus

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gasta milhões

De folha de pagamento até ajuda para grupos artísticos, muito dinheiro vai para a conta do vírus na cidade

Lá se vão quase 900 dias desde o primeiro caso de COVID-19 na cidade de Passo Fundo, mas o problema financeiro parece longe de acabar. A “Transparência COVID” da prefeitura aponta um gasto empenhado de R$ 7 milhões em 2022, até o dia 6 de setembro. Deste valor, foram pagos R$ 6,88 milhões.

A lista de beneficiados em 2022 com dinheiro público tem 260 nomes. Há pagamentos para empresas fornecedoras da saúde, como esperado, mas a maioria entrou como folha de pagamento (R$ 4,1 milhões). Passo Fundo ainda pagou R$ 800,00 para 203 pessoas a título de “Auxílio a Pessoas Físicas”, dentro de programas culturais em parceria com o governo do Rio Grande do Sul.

Acima: habilitação da Prefeitura de Passo Fundo em edital para cultura no governo do estado. Publicação do DOE completa, aqui.

Entidades tradicionalistas foram contempladas através da Lei 5564/2021, criadora do auxílio específico para o setor. A Lei do Executivo projetou um impacto financeiro de R$ 270 mil. As entidades receberam valores entre 5 e 20 mil Reais e precisam prestar contas das despesas autorizadas, que vão de pagamentos de aluguéis até despesas com instrutores.

Câmara aprovou

É bom lembrar que os gastos extras com dinheiro municipal passaram pela Câmara de Vereadores de Passo Fundo, com aprovação. Tema delicado, mas que exige uma avaliação profunda da casa para que fiscalize a destinação dos recursos, prestação de contas e o real impacto no orçamento de Passo Fundo, seja para mais ou para menos: se a cidade ficará prejudicada por falta de recursos que foram aplicados nos auxílios ou se o gestor teve liberdade para realizar gastos – perante a folga – que não realizaria em tempos normais. Que aliás já são normais faz tempo para quem não ganha dinheiro público em época de eleição.

Listão

Direto da transparência da Prefeitura de Passo Fundo, a lista com as pessoas e entidades beneficiadas com auxílio ou que tiveram produtos ou serviços pagos na “Conta COVID” no ano de 2022 (até o dia 6/9). Acesse aqui o PDF.

Veja também

Socorro aos artistas passo-fundenses: dinheiro público para aliviar os efeitos da pandemia (agosto de 2020)

Mas afinal, quanto dinheiro o Governo Federal mandou para Passo Fundo gastar com a pandemia? (setembro de 2020)

 

 

 

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Covid-19

Candeia: “Lockdown não teve eficácia nenhuma”

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Recentemente, o Ministério da Saúde brasileiro decretou o fim do estado de emergência sanitária nacional. Na tribuna, Rodinei Candeia (REPUBLICANOS) apontou os erros e acertos dos órgãos públicos durante a pandemia de Covid-19.

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Candeia critica atuação do Conselho Municipal de Direitos Humanos em Passo Fundo

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Eu vejo que essas entidades que se dizem protetoras dos direitos humanos em verdade usam as suas posições para impor o entendimento verdadeiramente político-ideológico sobre o comportamento das pessoas, querendo sobrepor a competência que tem o Executivo Municipal para tratar dessas matérias.” (Candeia)

Poucas semanas atrás, o prefeito de Passo Fundo Pedro Almeida se manifestou nas redes sociais acerca do uso obrigatório de máscaras na cidade. Na ocasião, disse que achava prudente a liberalização do uso em locais públicos, posteriomente promulgando decreto. Ocorre que muitas pessoas já não estavam usando máscara em locais públicos, embora muitos respeitassem as exigências relacionadas a ambientes fechados. Acabou sendo mais discurso do que uma ação efetiva sobre essa questão na cidade. Na prática, no entanto, muitos deram aquela interpretação lato sensu para o decreto, deixando até mesmo de usar máscaras em ambientes fechados.

Leia mais em: Pedro Almeida decide colocar na conta de Bolsonaro a história das máscaras

Nesta história, é certo que alguns grupos, sobretudo aqueles que marcaram seu posicionamento “pró” tudo o que estava relacionado a covid e suas medidas autoritárias e restritivas, não deixaria o assunto por isso mesmo. E foi o que fez a Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo.

Então a CDHPF protocolou ação civil pública, a fim de obrigar a população a voltar a utilizar máscaras. Na Sessão Plenária do dia 30 de março, o vereador Rodinei Candeia criticou a postura da entidade:

“Eu vejo que essas entidades que se dizem protetoras dos direitos humanos em verdade usam as suas posições para impor o entendimento verdadeiramente político-ideológico sobre o comportamento das pessoas, querendo sobrepor a competência que tem o Executivo Municipal para tratar dessas matérias”.

Veja, a seguir, o trecho em que o parlamentar trata do assunto na tribuna:

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