Entre em contato

Covid-19

Coleta compulsória de sangue: projeto é retirado pelo senador

Publicado

on

Era a chance de transformar o povo em gado, frustrada pela atenção da população ao teor do projeto

A possibilidade de controle da população sobre os projetos de lei que são protocolizados pelos parlamentares é uma realidade. Não só pelas leis que amparam o acesso democrático às possibilidades de regulamentação da vida humana, como a Lei de Acesso à Informação, mas também pela facilidade de averiguar os dados publicados nos sites oficiais, sem contar com a rede de apoio que as mídias sociais oferecem aos denunciantes.

Circulou nas redes sociais o PL N° 3225, DE 2020, cuja proposta visava alterar a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que “dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019, para incluir a coleta de sangue ou plasma entre os procedimentos que podem ser determinados pelas autoridades sanitárias para fins de pesquisa e tratamento da covid-19”. A proposição é de autoria do senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB/PB).

O texto apresentava a seguinte redação:

Art. 1º A alínea c do inciso III do caput do art. 3º da Lei nº13.979, de 6 de fevereiro de 2020,passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art.3º […]

III –[…]

c) coleta de amostras clínicas e coleta de sangue ou plasma para fins de utilização em pesquisas e tratamentos;…………………………………………………………………..” (NR)

 

Ainda, constava na redação original a seguinte justificativa:

No contexto atual da pandemia de covid-19, temos poucas evidências de tratamentos efetivos contra a doença. Porém, alguns tratamentos têm mostrado resultados favoráveis, a exemplo da utilização de plasma de pacientes convalescidos, que parece ter eficácia para ajudar o organismo dos doentes a combater a doença.

O art. 3º da Lei nº 13.979, de 6 de junho de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019,lista as medidasque as autoridades poderão adotar, no âmbito de suas competências, para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da covid-19.

Entre outras medidas, o inciso III possibilita a determinação de realização compulsória de exames médicos (alínea a), testes laboratoriais (alínea b), coleta de amostras clínicas (alínea c), vacinação e outras medidas profiláticas (alínea d)e tratamentos médicos específicos (alínea e), mas não faz menção à coleta de sangue –que precisa ser obtido em maior quantidade do que aquela caracterizada como amostra clínica para possibilitar a retirada do plasma utilizado no tratamento dos doentes.

No Brasil, em tempos normais, a doação de sangue –do qual são obtidos componentes, frações e medicamentos hemoderivados usados em transfusões e tratamentos diversos –é um ato voluntário de generosidade, não remunerado, limitado pela obediência às recomendações sanitárias internacionais para a obtenção de sangue de boa qualidade.

No entanto, entendemos que a gravidade da pandemia atual justifica a adoção da coleta compulsória de sangue ou plasma dos pacientes convalescidos. Afinal, tais pessoas têm todos os motivos para demonstrar sua gratidão –pela “segunda vida” que lhes foi dada, pela saúde recobrada e pela possibilidade de compartilhar essa vitória –disponibilizando seu sangue para ser utilizado no tratamento dos doentes em estado grave.

Essas são as razões que motivaram a apresentação deste projeto de lei, que inclui a coleta de sangue ou plasma entre os procedimentos de realização compulsória que podem ser determinados pelas autoridades. Por sua relevância, esperamos contar com o apoio de nossos Pares.

Conforme disposto na imagem abaixo, o projeto foi retirado pelo autor. Ainda, em resultado apurado na mesma página, 435 pessoas votaram contrariamente à proposta, apenas com 9 apoios dos populares.

Para os interessados em conferir o texto no link do Senado, constará apenas o pedido de retirada do projeto (imagem abaixo), e não mais o seu texto e justificativa. Para isso, é preciso consultar o Diário do Senado Federal n° 59 de 2020 (Sessão: 09/06/2020 | Publicação: 10/06/2020) nas páginas 61 a 65. 

A repercussão negativa do projeto levou o senador a retirar o projeto. Uma proposta descabida dessa certamente seria vetada pela Presidência. De qualquer forma, desde a difusão das notícias sobre o Coronavírus, o Senado Federal tem aprovado propostas estatizantes e cada vez mais controladoras sobre a população. Em tempo, a pressão popular agiu. E isso é mais uma prova de que a representação política ocorre em função da soberania popular: a vontade do povo é a que efetivamente deve ser respeitada.

Covid-19

Mais de dois anos depois, a Prefeitura de Passo Fundo ainda gasta milhões com o coronavírus

Publicado

on

gasta milhões

De folha de pagamento até ajuda para grupos artísticos, muito dinheiro vai para a conta do vírus na cidade

Lá se vão quase 900 dias desde o primeiro caso de COVID-19 na cidade de Passo Fundo, mas o problema financeiro parece longe de acabar. A “Transparência COVID” da prefeitura aponta um gasto empenhado de R$ 7 milhões em 2022, até o dia 6 de setembro. Deste valor, foram pagos R$ 6,88 milhões.

A lista de beneficiados em 2022 com dinheiro público tem 260 nomes. Há pagamentos para empresas fornecedoras da saúde, como esperado, mas a maioria entrou como folha de pagamento (R$ 4,1 milhões). Passo Fundo ainda pagou R$ 800,00 para 203 pessoas a título de “Auxílio a Pessoas Físicas”, dentro de programas culturais em parceria com o governo do Rio Grande do Sul.

Acima: habilitação da Prefeitura de Passo Fundo em edital para cultura no governo do estado. Publicação do DOE completa, aqui.

Entidades tradicionalistas foram contempladas através da Lei 5564/2021, criadora do auxílio específico para o setor. A Lei do Executivo projetou um impacto financeiro de R$ 270 mil. As entidades receberam valores entre 5 e 20 mil Reais e precisam prestar contas das despesas autorizadas, que vão de pagamentos de aluguéis até despesas com instrutores.

Câmara aprovou

É bom lembrar que os gastos extras com dinheiro municipal passaram pela Câmara de Vereadores de Passo Fundo, com aprovação. Tema delicado, mas que exige uma avaliação profunda da casa para que fiscalize a destinação dos recursos, prestação de contas e o real impacto no orçamento de Passo Fundo, seja para mais ou para menos: se a cidade ficará prejudicada por falta de recursos que foram aplicados nos auxílios ou se o gestor teve liberdade para realizar gastos – perante a folga – que não realizaria em tempos normais. Que aliás já são normais faz tempo para quem não ganha dinheiro público em época de eleição.

Listão

Direto da transparência da Prefeitura de Passo Fundo, a lista com as pessoas e entidades beneficiadas com auxílio ou que tiveram produtos ou serviços pagos na “Conta COVID” no ano de 2022 (até o dia 6/9). Acesse aqui o PDF.

Veja também

Socorro aos artistas passo-fundenses: dinheiro público para aliviar os efeitos da pandemia (agosto de 2020)

Mas afinal, quanto dinheiro o Governo Federal mandou para Passo Fundo gastar com a pandemia? (setembro de 2020)

 

 

 

Continue Lendo

Covid-19

Candeia: “Lockdown não teve eficácia nenhuma”

Publicado

on

Recentemente, o Ministério da Saúde brasileiro decretou o fim do estado de emergência sanitária nacional. Na tribuna, Rodinei Candeia (REPUBLICANOS) apontou os erros e acertos dos órgãos públicos durante a pandemia de Covid-19.

Continue Lendo

Covid-19

Candeia critica atuação do Conselho Municipal de Direitos Humanos em Passo Fundo

Publicado

on

Eu vejo que essas entidades que se dizem protetoras dos direitos humanos em verdade usam as suas posições para impor o entendimento verdadeiramente político-ideológico sobre o comportamento das pessoas, querendo sobrepor a competência que tem o Executivo Municipal para tratar dessas matérias.” (Candeia)

Poucas semanas atrás, o prefeito de Passo Fundo Pedro Almeida se manifestou nas redes sociais acerca do uso obrigatório de máscaras na cidade. Na ocasião, disse que achava prudente a liberalização do uso em locais públicos, posteriomente promulgando decreto. Ocorre que muitas pessoas já não estavam usando máscara em locais públicos, embora muitos respeitassem as exigências relacionadas a ambientes fechados. Acabou sendo mais discurso do que uma ação efetiva sobre essa questão na cidade. Na prática, no entanto, muitos deram aquela interpretação lato sensu para o decreto, deixando até mesmo de usar máscaras em ambientes fechados.

Leia mais em: Pedro Almeida decide colocar na conta de Bolsonaro a história das máscaras

Nesta história, é certo que alguns grupos, sobretudo aqueles que marcaram seu posicionamento “pró” tudo o que estava relacionado a covid e suas medidas autoritárias e restritivas, não deixaria o assunto por isso mesmo. E foi o que fez a Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo.

Então a CDHPF protocolou ação civil pública, a fim de obrigar a população a voltar a utilizar máscaras. Na Sessão Plenária do dia 30 de março, o vereador Rodinei Candeia criticou a postura da entidade:

“Eu vejo que essas entidades que se dizem protetoras dos direitos humanos em verdade usam as suas posições para impor o entendimento verdadeiramente político-ideológico sobre o comportamento das pessoas, querendo sobrepor a competência que tem o Executivo Municipal para tratar dessas matérias”.

Veja, a seguir, o trecho em que o parlamentar trata do assunto na tribuna:

Continue Lendo

Mais Acessados

Copyright © 2021. Lócus Online.