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Passo Fundo

A população de Passo Fundo está efetivamente sendo representada?

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Em artigo recentemente publicado na Lócus, uma informação contida talvez tenha passado despercebida pelos leitores: “O comparecimento nas eleições proporcionais foi de 119.412 eleitores. Destes, 5.788 votaram em branco e 2.788 nulo. Os 257 candidatos a vereador aptos receberam 110.836 votos. […] a atual composição da Câmara de Vereadores de Passo Fundo representa apenas 36,2% dos eleitores votantes da cidade.”

No preâmbulo da Constituição Federal Brasileira, a expressão “Nós, representantes do povo brasileiro” faz emanar da boca de cada parlamentar a inquestionabilidade dos seus mandatos como se usufruíssem algum direito divino garantido pelo resultado das urnas.

No artigo recentemente publicado na Lócus “O ‘custo por voto’ dos vereadores nas eleições de 2016 em Passo Fundo”, uma informação contida talvez tenha passado despercebida pelos leitores: “O comparecimento nas eleições proporcionais foi de 119.412 eleitores. Destes, 5.788 votaram em branco e 2.788 nulo. Os 257 candidatos a vereador aptos receberam 110.836 votos. […] a atual composição da Câmara de Vereadores de Passo Fundo representa apenas 36,2% dos eleitores votantes da cidade.”

Com base nos dados acima coletados, dizer que a democracia é “o governo da maioria” soa como um exagero, muito mais como um desaforo quando é preciso tolerar “determinados tipos” vociferando na tribuna do parlamento municipal (isso sem falar das demais instâncias legislativas).

Como se isso não bastasse, um ponto muitas vezes levantado pela equipe da Lócus é: “Qual é, efetivamente, a participação popular sobre as decisões políticas da cidade?”. O vereador Luiz Miguel Scheis (PDT) recentemente levantou em alto e bom som na tribuna a necessidade de os projetos de lei passar, mesmo que minimamente, por um filtro popular. Que ao menos o vereador que propõe alguma modificação normativa se digne a consultar o seu eleitorado sobre a possibilidade de dar prosseguimento. Custaria muito ao proponente perguntar: “O projeto é bom, afinal?”. Analisar uma nova lei tão somente pelos seus critérios de constitucionalidade parece insatisfatório.

Leia mais em: Scheis: “Projetos de lei devem ser discutidos com a população antes de serem aprovados”

A questão do IPTU, talvez um dos projetos que mais tenha tirado os holofotes de Brasília, acabou aprovado, gerando a indignação de uma parcela considerável da população. Até mesmo aqueles que não tiveram os valores dos seus carnês aprovados não foram capazes de concordar com os critérios utilizados pelo Poder Executivo Municipal. Os eleitores não foram ouvidos, e sabe-se que muitos vereadores andam nas suas vilas cabisbaixos por conta da bola fora que deram. Comenta-se que alguns “sofrem” de arrependimento com o próprio voto.

Qualquer político só poderia ser considerado um “representante do povo” se cumprisse essa função, isto é, a de representar a vontade do seu eleitorado. Quais são os políticos que fazem algum tipo de consulta popular sobre o posicionamento que deveriam adotar sobre um determinado projeto? A resposta vem sempre pronta: “Se eu fui eleito, é porque as pessoas confiam nas minhas convicções”. Ora, quem dotou a atividade política dessa capacidade sobre-humana? Essa resposta pronta já não soa coerente nos dias atuais, principalmente porque os políticos permeiam o ambiente das redes sociais e poderiam facilmente consultar os seus eleitores (ou seguidores).

O ambiente para as eleições deste ano, ao menos em Passo Fundo, parece nublado. É muita opinião sem qualquer fundamento. Com as mudanças na lei eleitoral recentes, nem mesmo os nomes considerados mais fortes confiam na conjuntura atual. Há muitos desinibidos querendo se candidatar, mas poucos vocacionados à vida pública. De qualquer sorte, espera-se que os próximos eleitos decidam chamar seus eleitores para participar mais ativamente das decisões políticas da sua cidade. Já que a representação quantitativa é baixa, ao menos que seja qualitativa. Verdade seja dita: a população não está efetivamente representada.

Passo Fundo

Em votação dividida, vereadores reprovam subsídios às empresas de transporte

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A medida estava sendo amplamente criticada pelos setores da sociedade.  Na dicotomia “salvar o sistema público de transporte” e “controle dos gastos públicos”, prevaleceu o segundo

A pandemia veio como uma avalanche sobre a economia brasileira. O “fique em casa, a economia a gente vê depois” mostrou ser mais um jargão politiqueiro do que uma solução para a crise que se instalava não só na saúde, como nas finanças como um todo: empresas fechadas, setores com baixa demanda, demissões em massa. Isso sem contar naqueles que, amparados pela força estatal, submeteram empresários a prisões forçadas ou vendo seus negócios lacrados por agentes de saúde. Um fiasco.

Consequentemente, a conta um dia viria. Sobre o setor de transporte público, é evidente que seu uso depende de que o resto esteja em pleno funcionamento. A pandemia diminuiu consideravelmente os números do setor. Com restrições, as pessoas se obrigaram a valer de outras formas de locomoção. Com muitos desempregados, o Uber e outros aplicativos se tornaram opção para muitos. Uma corrida de Uber, em muitos casos, estava “pau a pau” com uma passagem de circular urbano, o que prejudicou ainda mais as finanças de empresas como a Coleurb e a Codepas, de Passo Fundo.

Na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, em regime de urgência, de autoria do Poder Executivo Municipal, o PL 107/2022 queria garantir cerca de R$ 8 milhões para as duas empresas municipais. Para uns, a medida não implicava “apoio às empresas”, mas a “salvação do setor público de transporte urbano” – muitos já não caem nessa conversa. Para outros, a pandemia afetou quase que a totalidade dos empresários e setores da economia, sendo injusto o destino de tanto subsídio concentrado em duas empresas. E as demais, como ficam?

Por 11 votos contrários a 9 favoráveis, o subsídio foi reprovado.

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Passo Fundo

Dinheiro para a COLEURB: Pedro Almeida mandou um projeto ridículo, horrível e vergonhoso para a Câmara de Vereadores

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dinheiro para a coleurb

Estes três adjetivos deram o tom da entrevista coletiva concedida pelos vereadores da oposição em Passo Fundo, sobre o Projeto de Lei que quer subsidiar a Coleurb e a Codepas

Os vereadores da oposição chamaram a imprensa de Passo Fundo para uma coletiva nesta quarta, 7 de dezembro. A apresentação foi liderada pela vereadora trabalhista Professora Regina, que conduziu com maestria o evento responsável por esclarecer a posição dos oposicionistas sobre o PL 107/2022 e escancarar o amadorismo do Executivo no envio do pobríssimo texto para a casa, em regime de urgência.

Também participaram da coletiva os vereadores Ada Munaretto (PL), Rufa (PP), Ernesto dos Santos (PDT), Eva Valéria Lorenzato (PT), Tchequinho (PSC), Gleison Consalter (PDT), Rodinei Candeia (Republicanos) e Sargento Trindade (PDT).

Veja também: Prefeito Pedro Almeida quer dar dinheiro para a COLEURB. Você concorda com esta farra? e Subsídio para COLEURB é um verdadeiro saque ao dinheiro público.

Existem dois grupos distintos de vereadores contrários ao subsídio entre os oposicionistas: os que não querem dinheiro público na mão de empresas privadas de qualquer maneira e os que não querem liberar os valores sem uma melhor transparência e garantia de contrapartidas, como prestação de contas e manutenção dos empregos. No primeiro grupo, destacam-se Ada, Tchequinho e Candeia.

“Ridículo e horrível” foi a definição dada pelo vereador Gleison Consalter para o projeto, destacando que várias empresas foram afetadas pela pandemia, não apenas as de transporte. “Vergonhoso” ficou a cargo de Tchequinho, que lembrou das dificuldades habitacionais na cidade, como nas ocupações na região do Bourbon, e agora “querem dar dinheiro para a Coleurb”.

Coletiva sobre o PL 107/2022. Foto: Câmara de Vereadores de Passo Fundo.

Nota-se que o prefeito está queimado com este grupo de vereadores. O chefe do executivo mandou um projeto ruim para a Câmara, o que gerou a elaboração de diversas emendas na casa que agora recebe insinuações de má-vontade, de estar “trancando a pauta” e até usando o caso para objetivos eleitorais de olho em 2024. Insinuações repudiadas com veemência e pronunciamentos inflamados de Ada e Candeia.

Coleurb e Codepas provavelmente receberão este dinheiro, mas não será tão fácil como pretendia a prefeitura e o grupo político que comanda a cidade desde 2013. O povo de Passo Fundo terá que sofrer mais um pouco até o segundo capítulo desta novela, com a licitação do transporte público de fato. Este, só Deus sabe quando sai.

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Passo Fundo

Passo Fundo terá nova edição do evento “O Despertar da Direita”

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O evento está previsto para o próximo dia 6, às 19h, na sede do Sindicato Rural

Na sua 4ª edição, o evento “O Despertar da Direita” contará com a palestra “Para onde o STF está levando o Brasil“, do vereador Rodinei Candeia (Republicanos), no Sindicato Rural, em Passo Fundo.

A seguir, é possível ver o texto de divulgação pelos organizadores do evento, além de link para inscrição. No card, logo abaixo, é possível visualizar mais informações sobre horário e endereço do local.

A Constituição Federal não foi rasgada.

Foi rasgada, pisada, queimada… E agora está sendo reescrita.

O Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria servir ao povo, revelou-se uma quadrilha que, a cada canetada, coloca mais uma algema nos punhos da população.

Onde isso vai parar? Que Brasil estamos deixando para as próximas gerações?

Após 3 anos em silêncio, O Despertar da Direita está de volta. Para ajudar a lançar luz em um momento tão obscuro, faremos o primeiro de muitos encontros. Neste, teremos uma palestra sobre o tema Para onde o STF está levando o Brasil?, com o convidado Rodinei Candeia.

Sua entrada é 100% gratuita, mas pedimos que confirme sua presença entrando no grupo oficial do evento, tocando no link:

https://chat.whatsapp.com/J5L4i4nUfREJfm6JEsExCy

Divulgue para seus amigos interessados. Precisamos nos unir.

O Despertar da Direita

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